POLÍTICA

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Richa defende saída do PSDB do governo Temer

Editoria de Política

| Edição de 09 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), defendeu ontem que o PSDB deixe o governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB), entregando os cargos que mantém na administração do peemedebista para preparar o partido para as eleições de 2018. O partido está dividido entre os que defendem o “desembarque” imediato – como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador e ex-presidente interino da legenda, Tasso Jereissati (CE), e o grupo do senador e presidente licenciado da sigla, Aécio Neves (MG), que defende a permanência dos tucanos nos ministérios do governo peemedebista. Ontem, inclusive, Aécio destituiu Tasso da presidência da sigla por conta das divergências. A questão deve ser decidida na convenção nacional do PSDB, marcada para dezembro, que também elegerá a nova direção do partido. 

Imagem ilustrativa da imagem Richa defende saída do PSDB do governo Temer


O governador paranaense argumenta que o PSDB já garantiu apoio às reformas e à governabilidade, e que sua missão nesse sentido já estaria completa. Então a contribuição está dada. “Eu acho que o PSDB também poderia pensar nessa possibilidade de entregar os cargos do governo com a sua missão cumprida e ter uma certa independência em relação ao governo”. Segundo Richa, o partido deve continuar defendendo as suas bandeiras e a sociedade brasileira, sempre com coragem, assim como a necessidade de algumas reformas serem realizadas. “E acho que isso seria o papel do PSDB”, disse. “Ainda temos algumas opiniões divergentes, mas temos visto que é crescente esse desejo das principais lideranças do PSDB de entregar os cargos no governo”, avaliou o governador.
Richa afirmou ainda que o apoio dos tucanos a Temer foi necessário para garantir a governabilidade após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “É sempre de se pensar, de se analisar a sua postura. Eu também acho que as grandes contribuições já foram dadas ao governo, garantindo a governabilidade”, avalia.
O governador observa que o PSDB foi um dos principais partidos de oposição ao ex-governo e também um dos principais responsáveis pelo impeachment da presidente Dilma. Segundo ele, naquele momento o partido tinha a responsabilidade de ajudar o Brasil a retomar o seu desenvolvimento e a geração de empregos. E hoje vemos que os indicadores econômicos e sociais já mostraram uma boa reação”, comenta. (EDITORIA DE POLÍTICA)