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RODOVIA DO MILHO PEDE SOCORRO

Da Redação

| Edição de 15 de março de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os inúmeros buracos, a falta de sinalização e os longos trechos de acostamento precário da da PR-170, que liga Apucarana a Borrazópolis, são alvo de reclamação dos usuários da rodovia. Além dos problemas estruturais, o trecho conhecido como Rodovia do Milho coleciona acidentes graves. No último domingo, um motociclista de 36 anos morreu após bater na traseira de um caminhão, no Distrito de Sete de Maio. Dois dias antes, uma colisão frontal entre carro e caminhão deixou três pessoas gravemente feridas, em Novo Itacolomi. O Departamento de Estradas e Rodagem (DER), responsável pela rodovia estadual, afirma que obras de melhorias no trecho devem começar ainda este mês. 

O mecânico Thiago Garcia de Oliveira, que mora em Novo Itacolomi, afirma que a pista esburacada está furando muitos pneus de carros, com sério risco de provocar acidentes. “A situação está péssima. Tem bastante buracos, quando chove a água cobre e quem não conhece a rodovia acaba passando por cima. Além disso as faixas estão apagadas e algumas tartarugas estão soltas”, detalha. 
Oliveira conta que recentemente sua esposa teve problemas ao trafegar pelo trecho. “Minha esposa estava indo trabalhar e passou por cima de uma tartaruga que está solta e virada com os parafusos para cima e estourou o pneu do carro dela. Dependendo a velocidade, o carro pode até capotar”, afirma o mecânico. 
Outro problema na pista relatado pelo mecânico fica no trecho entre Novo Itacolomi e o Distrito de Sete de Maio. Segundo ele, existe uma elevação no asfalto no meio de uma curva. “A gente que conhece a estrada já sabe e desvia, se uma pessoa que não conhece passar em alta velocidade é perigoso tombar o veículo”, alerta. 
O borracheiro Fábio da Silva, de Novo Itacolomi disse que toda semana é procurado para consertar pneus que estouraram em algum buraco da rodovia. Ele inclusive prefere trafegar pelas estradas rurais do que pela PR-170. “Prefiro andar pela estrada de chão porque pela rodovia está muito perigoso”, afirma. 
Também de Novo Itacolomi, Fernando de Oliveira Rosa tem a impressão que a rodovia é uma das mais perigosas da região. “O preço do pedágio está caro e essa estrada ninguém conserta. Vem acontecendo acidentes direto. A Rodovia do Milho é o lugar que mais acontece acidente na região”, acredita. 
O analista de sistemas Gustavo Titericz, de Apucarana também conhece bem os problemas da Rodovia do Milho, pois passa pelo trecho pelo menos uma vez por semana. Recentemente ele também perdeu um pneu novo que estourou porque não conseguiu desviar de um buraco. “São muitos buracos em ambos os lados da pista, forçando os motoristas a trafegarem algumas vezes na contramão, aumentando o risco de acidentes”, assinala. 
Segundo Titericz, o trecho não tem acostamento e falta sinalização em vários pontos. “A pista tem muitos remendos muito mal feitos, não tem sinalização em muitos trechos. Essa rodovia precisa urgentemente de um recapeamento e uma sinalização adequada”, afirma. 

DER afirma que rodovia integra lote de obras 
Em resposta à Tribuna, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) informou que a PR-170, do entroncamento com a PR-376 até Novo Itacolomi, está contemplada no lote 6 do programa Conservação de Pavimentos (COP) que prevê serviços de remendos superficiais e profundos, reperfilagem, microrrevestimento, melhorias no sistema de drenagem e na sinalização. Somente neste lote serão investidos R$ 52,3 milhões em 448,99 quilômetros de estradas.
Conforme nota, a empresa que deveria ter realizado os serviços no ano passado teve seu contrato rescindido por não ter cumprido o que estava previsto. Em fevereiro, o DER contratou uma nova empresa, a segunda classificada no processo licitatório para dar andamento à obra. 
A segunda empresa já estaria se mobilizando para realizar os trabalhos na PR-170 ainda este mês, iniciando pelo contorno norte de Apucarana. Na sequência, por volta de maio, será atendido o trecho entre Cambira e Novo Itacolomi, e depois prosseguindo pela mesma rodovia até Borrazópolis.