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"Rombo" chega ao Congresso

Editoria de Política

| Edição de 18 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem a suspensão do interrogatório marcado para o dia 13 de setembro em Curitiba. Lula será novamente ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos na operação Lava-Jato. O escritório de advogados Teixeira & Marins, que defende o petista, alega que o Ministério Público Federal (MPF) “anexou diversos papéis sem qualquer identificação e pleiteou a juntada de outros tantos” na ação penal que investiga se Lula recebeu propina da empreiteira Odebrecht. 
A defesa de Lula argumenta que o MPF “Requereu a juntada do registro audiovisual de depoimento prestado pelo colaborador Marcelo Bahia Odebrecht em seu Termo de Colaboração nº 40, afirmando que tal depoimento seria relativo aos fatos objeto da ação penal. Segundo consta, o referido termo foi apresentado ao juízo em mídia eletrônica (CD)” e “Apresentou 38 anexos sem qualquer identificação, os quais não foram sequer mencionados na referida petição”. “Logo, não é possível admitir que o Parquet junte aos autos parte de procedimentos sigilosos — sem que a defesa do Peticionário possa ter acesso à íntegra dos respectivos conteúdos”, conclui a defesa.
Em julho, Sérgio Moro chegou a sugerir que a próxima audiência de Lula fosse feita por videoconferência, para evitar manifestações em Curitiba, como forem registradas no dia 10 de maio, quando o petista prestou depoimento na cidade. A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná montou uma operação com a Polícia Militar, que custou cerca de R$ 100 mil, para isolar a área perto da Justiça Federal. Na época, a defesa de Lula manteve a posição de que a audiência deveria ser presencial e que um depoimento por videoconferência feriria o direito de defesa.