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Saúde de Arapongas monitora óbitos no Honpar

DA REDAÇÃO

| Edição de 04 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O secretário municipal de Saúde de Arapongas Moacir Paludetto Junior afirma que a pasta tem monitorado situações de aumento das mortes por Covid-19 em Arapongas. Paludetto acredita que existe uma correlação entre o aumento no número de óbitos e pacientes que estariam sendo infectados no Hospital Norte do Paraná (Honpar), que é referência para Covid-19 na região. 

“É difícil afirmar que a causa é esta, mas o número de mortes tem aumentado e percebemos que muitos pacientes internados para tratamentos de outras situações acabam contraindo o vírus no hospital. Também não é possível afirmar quanto o vírus colaborou para a morte deste paciente já que, muitas vezes, a Covid acaba não sendo a causa primária da morte, mas quando o paciente é testado e confirmada a contaminação, acaba entrando para a estatística”, explicou o secretário. 
Paludetto lembrou o surto que o hospital enfrentou no mês passado. “Não falo em surto, pois creio que a fase do surto foi superada, mas essa relação entre a alta mortalidade de casos em investigação é um indicativo de pacientes que foram sem o vírus e acabaram se contaminando no leito hospitalar”, disse. 
O diretor administrativo do Honpar, Montgomery Benites, refutou as afirmações. “Não existe possibilidade de pacientes internados em outras alas do hospital que não são de tratamento da Covid-19 estarem contraindo o vírus. O que existe é um aumento do número de casos graves na UTI, o que consequentemente gera uma maior mortalidade pela doença. Nossa taxa de mortalidade nos eixos normais do hospital é baixa, principalmente porque reduzimos drasticamente o número de cirurgias, realizando apenas urgência e emergência”, afirmou o diretor. 
A respeito do surto verificado no mês passado, Benites garante que todos os protocolos de desinfecção foram observados e a situação está completamente superada. “Precisamos afastar cerca de 80 funcionários para não disseminar a contaminação. Fizemos a desinfecção em todos os setores e a situação está controlada”, esclareceu. 
O diretor do hospital destaca que até duas semanas atrás, não havia superlotação da UTI Covid, como registrada nos últimos dias. Ontem, a ocupação do hospital chegou a 100%. “O que está aumentando muito é o número de casos graves, que necessitam de respirador. Mas nosso índice de mortalidade destes pacientes não difere dos casos registrados no mundo todo, já que estatísticas afirmam que o índice de mortes de pacientes que precisam do respirador chega a 50%. Nossa taxa de mortalidade deste perfil aqui está em 47%. (ALINE ANDRADE)