OPINIÃO

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Taxa zero de mortalidade materna representa avanço

Da Redação

| Edição de 16 de fevereiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os 17 municípios pertencentes à 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, fecharam o ano de 2017 sem registrar nenhum caso de mortalidade materna. É uma notícia que merece ser comemorada. A última vez que a 16ª RS obteve esse resultado foi em 2012. 

O desempenho está ligado diretamente ao programa Rede Mãe Paranaense, do governo estadual, que adotou novas metodologias para acompanhamento das gestantes no Estado. No Paraná, a mortalidade materna alcançou a menor taxa no ano passado, com 34 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. 
Em 2016 foram contabilizadas apenas duas mortes maternas na região: uma em Apucarana e outra em Arapongas, totalizando um índice de 40,4. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e foram compilados pela 16ª RS de Apucarana. 
A Rede Mãe Paranaense organiza o atendimento materno-infantil, desde o pré-natal, o pós-parto até o acompanhamento do crescimento das crianças, principalmente durante os primeiros anos de vida.
A Rede está presente nos 399 municípios do Paraná e, atualmente, é responsável pelo atendimento de cerca de 80% das gestantes paranaenses, que recebem pelo menos sete consultas e 23 exames. Para receber atendimento, as gestantes devem procurar a unidade de saúde mais próxima. 
Na região, no entanto, o desafio agora é reduzir os índices de mortalidade infantil. A 16ª Regional de Saúde registrou aumento de casos no ano passado. O índice chegou a 12,56 a cada mil nascidos vivos. A taxa foi 11% maior do que o do ano anterior, que foi de 11,3. 
No somatório dos 17 municípios da região da 16ª RS, foram registrados 4.937 bebês nascidos vivos ao longo de 2017. O número se manteve estável em comparação com 2016, quando o registro foi de 4.955 bebês. No entanto, os óbitos infantis aumentaram, passando de 56 para 62, causando o crescimento no índice de mortalidade infantil.
Esses resultados diferentes nas mortalidades materna e infantil mostram a importância de realizar um trabalho consistente no acompanhamento das mães e também dos bebês. A Rede Paranaense trouxe avanços, mas é preciso ampliar o trabalho, principalmente nos municípios, fortalecendo o atendimento na atenção básica. É preciso buscar excelência e isso requer a união de esforços de todos os setores envolvidos.