OPINIÃO

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​ Tecnologia e segurança pública devem andar juntas

Da redação

| Edição de 21 de setembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Foram instaladas nesta semana em Arapongas câmeras com sistema de monitoramento OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres, na tradução literal). O equipamento, que é capaz de ‘ler’ placas de carros, é o primeiro passo para implantação de um ambicioso projeto de monitoramento que envolve outros municípios pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública e Cidadania de Londrina e Região (Cismel), do qual Arapongas e outras cidades da região fazem parte.
O objetivo do “Projeto Muralha Virtual Veicular” é criar uma rede integrada de monitoramento entre os municípios participantes do Cismel. Graças às novas tecnologias das câmeras, o equipamento pode identificar as placas dos carros e se tornar uma ferramenta fundamental em casos de roubos e furtos de veículos e atuar no rastreamento de suspeitos de crimes. Em fase de testes em Arapongas, a meta é levar o sistema aos 21 municípios associados ao consórcio.
O investimento em tecnologia é fundamental para combater a criminalidade. O Paraná, nos últimos anos, tem apostado nessas ferramentas. O monitoramento dos presos via tornozeleira eletrônica, a ampliação dos bancos de dados da Polícia Científica e o novo software que vem sendo usado pela Polícia  Militar são bons exemplos dessa nova identidade do trabalho policial. 
Controverso por promover a liberação de detentos das unidades, o monitoramento por tornozeleira tem um outro lado vem sendo usado como ferramenta de investigação. Vários crimes já foram solucionados e autores presos com base em informações obtidas pelo sistema. 
Um novo software em uso pelo 10º BPM de Apucarana, o Business Intelligence, que cruza informações dos boletins de ocorrência com ferramentas de georreferencimento também vem mostrando resultados positivos no planejamento do policiamento nas áreas com maiores índices de ocorrências, trazendo como resultados diretos o aumento do número de prisões e apreensões de drogas.
Além do investimento em tecnologia, a iniciativa do Cismel reforça outro elemento  fundamental para segurança pública: a integração.
Os índices de criminalidade de um município forçosamente influenciam seus vizinhos. Um carro que é roubado em Apucarana não fica na cidade, segue para outras regiões. Fortalecer a integração das forças de segurança é uma ferramenta imprescindível para dar amplitude e efetividade para as ações de segurança. O projeto também recoloca o Cismel em uma posição realmente atuando na área de segurança pública na região.