Com uma série de serviços ofertados, a governadora Cida Borghetti lançou oficialmente anteontem o programa Governo Digital. A plataforma, que vem sendo construída desde o ano passado, promete reduzir a distância entre Estado e cidadão e promover a desburocratização dos serviços públicos.
Atualmente, a plataforma agrega cerca de 300 serviços. A expansão do atendimento online permite que o paranaense realize uma série de ações. Pelo celular ou computador, é possível emitir boletos, registrar boletim de ocorrência, fazer reclamações na ouvidoria, solicitar documentos, consultar processos e, inclusive, agendar atendimentos presenciais em vários órgãos.
Além de tornar a prestação de serviço mais rápida, a interface digital permite que o Estado avance em alguns setores, atuando de forma inédita. Um bom exemplo vem da educação. Desde o ano passado, a rede estadual de ensino conta com um aplicativo desenvolvido tanto para auxiliar professores em suas tarefas diárias quanto para aproximar a comunidade escolar. Pela ferramenta, professores, alunos e pais podem conferir programação de eventos na escola, notas, faltas e desempenho dos estudantes em uma plataforma que permite também troca de mensagens entre os participantes.
Outro serviço que inexistia e que foi possibilitado pela tecnologia foi lançado recentemente e é voltado para ciclistas, que poderão cadastrar número de série e outras informações de suas bicicletas. O objetivo do cadastro é inibir furtos e receptações e abre possibilidades para que a mesma dinâmica seja utilizada em outros setores.
A adequação da máquina estatal à plataforma digital é um passo fundamental para a administração pública que, é bom sempre lembrar, deve, por força de lei, seguir os princípios da transparência e eficiência - metas que a tecnologia pode inegavelmente ajudar a alcançar.
De nada adianta, entretanto, investir apenas em tecnologia. Basta ver a absurda situação do INSS. O órgão federal também tem canais de atendimento online, inclusive para solicitar benefícios e agendamentos presenciais, mas não tem material humano para dar continuidade ao processo. Em Arapongas, a insuficiência de médicos-peritos obriga o cidadão a ter que se deslocar para outras cidades e, muito pior, aguardar meses para realização de perícias, o que implica em um longo período sem receber salários nem os benefícios a que tem direito. Não há eficiência nenhuma nessa relação.
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