POLÍTICA

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Temer espera "apoio oculto" da oposição

Folhapress

| Edição de 15 de dezembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Na tentativa de gerar um clima de otimismo após o adiamento da votação, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou ontem, na posse do novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que conta com uma “compreensão oculta” dos partidos de oposição pela aprovação da reforma previdenciária.
O presidente também pediu ao novo ministro que se dedique “18 horas e se possível 20 horas por dia” para conseguir o apoio que falta para a aprovar a proposta. Segundo ele, Marun, que foi um dos maiores aliados de Eduardo Cunha, tem energia “argumentativa” e “moral” para viabilizar a iniciativa.
Temer reconheceu que as mudanças na aposentadoria são uma “matéria dificílima”, mas que ajudará o próximo presidente, independentemente de quem seja.
“Naturalmente, devo dizer que acho que temos a compreensão, ainda que oculta, dos líderes da oposição. Essa não é uma questão de governo, é de Estado. Se você conserta o Estado hoje, serve para quem vier depois, e não se sabe quem é”, disse.
Na sua primeira fala desde o adiamento para fevereiro, o presidente reconheceu que não conta hoje com os votos suficientes para aprová-la e disse que não poderia levá-la ao plenário sob o risco de constranger publicamente a base aliada.
“Vai ficar para fevereiro? Ótimo, porque aí contamos votos. Não queremos constranger deputados e senadores. Nós estamos contando 270 e 280 votos. Por isso, que se anunciou a transferência para fevereiro”, disse.
Apesar da proposta não ser bem avaliada pela população, como mostram pesquisas de opinião, Temer disse acreditar que os deputados governistas voltarão animados do recesso parlamentar, porque perceberão que “não há uma oposição feroz” à iniciativa em suas bases eleitorais.