POLÍTICA

min de leitura - #

Temer nega "acordão" com ex-presidentes Lula e FHC

Agência Brasil

| Edição de 18 de abril de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O presidente Michel Temer (PMDB) negou ontem, em entrevista concedida à rádio Jovem Pan, que esteja participando de um “acordão” com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para amenizar os efeitos da Lava Jato no cenário político brasileiro. Ele também classificou como “útil” a proposta de uma nova constituinte exclusiva para as reformas política e tributária no País.

Imagem ilustrativa da imagem Temer nega "acordão" com ex-presidentes Lula e FHC


“Não participo, não promovo e jamais fui questionado ou perguntado a respeito disso (acordão)”, disse ele. “Até o ex-presidente FHC diz que não tem conversa nenhuma nessa direção. E não tem mesmo. O que ocorreu foi que, quando fiz uma visita ao ex-presidente Lula, tendo em vista o que ocorreu (o falecimento da ex-primeira dama, Mariza Letícia), ele disse, citando FHC, que precisamos conversar sobre a reforma política. Nesse caso (restrito à reforma política) isso até pode ser visto. Mas apenas sobre esse tópico. Não sobre o que está acontecendo hoje no País”.
Temer comentou também um manifesto publicado no jornal O Estado de S.Paulo, no qual juristas pediram a abertura de uma nova constituinte, sob a justificativa de que “a república acabou”, após tantas denúncias contra políticos e instituições. “Tenho respeito jurídico a quem participou desse manifesto, mas confesso que tenho certo temor em relação a uma nova constituinte. A Constituição de 1988 foi de uma largueza extraordinária porque trouxe para dentro de si direitos liberais e sociais”, disse o presidente.
“Se propusermos uma constituinte para fazer uma reforma política e, quem sabe, tributária, eu até diria que seria útil. Mas, com todo o respeito a quem assinou esse manifesto, uma nova constituinte se faz quando há ruptura com o estado anterior, colocando outro estado no lugar”, disse o presidente, ao admitir a necessidade de uma reformulação político-institucional no País.