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Um feudo na Acia

Da Redação

| Edição de 17 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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 A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia) não terá renovação na eleição deste ano. O grupo que comanda a entidade se reuniu no início desta semana e decidiu reconduzir o empresário Jayme Leonel à presidência. Ele ocupou o cargo por quatro anos antes do atual presidente, o empresário Júnior Serea, e deverá encabeçar uma chapa única na disputa. Agindo como se a Acia fosse um feudo, esse grupo desrespeita os mais de mil associados da entidade. Além disso, os atuais dirigentes da associação mostram completa contradição com o discurso apresentado à sociedade, no qual pregam renovação na política e defendem o fim da reeleição em cargos públicos. Nada contra a pessoa de Jayme Leonel, que é um empresário bem-sucedido e respeitado. No entanto, ele já teve a sua oportunidade e agora deveria dar chance a outra pessoa. Essa decisão arbitrária de impedir a renovação no comando da Acia apequena a entidade e desestimula os demais associados. É por isso que as eleições da associação costumam reunir de 30 a 40 associados, que mal representam 4% do total dos associados. 

Mato alto O problema do mato alto é um dos assuntos mais comentados pelos vereadores nas sessões da Câmara em Apucarana. Lucas Leugi (Rede), Marcos da Vila Reis (PSD) e José Aírton Deco de Araújo (PR) discursaram sobre o assunto na última sessão da Câmara. A Rumo, antiga América Latina Logística (ALL), foi alvo central das críticas. A empresa não está roçando as passagens das linhas férreas. A Prefeitura, inclusive, também reclama da concessionária.

Convocação Os vereadores pedem a convocação de uma reunião com representantes da Rumo e também das concessionárias Viapar e Rodonorte para tratar da roçagem de terrenos de responsabilidade dessas empresas na cidade. Lucas Leugi defende que representantes do Ministério Público Estadual e do Ministério Público Federal também participem dessa reunião na Câmara.

Particulares O vereador Lucas Leugi também cobrou a limpeza de terrenos particulares na cidade. Segundo ele, a prefeitura está fazendo a parte dela, mas muitos proprietários de lotes deixam seus imóveis abandonados. “Falta muita conscientização”, reclama. Segundo ele, o mato cresce 5 centímetros por dia nesse tempo de chuva. 

Recorrente Segundo o vereador Deco, o problema da falta de limpeza das passagens da linha férrea é antigo em Apucarana. “Isso ocorre desde a época da ALL. Quando a Rumo assumiu, a promessa era de resolver esse problema, mas essas melhorias não vieram”, assinala. Ele cita a região da Avenida Aviação, onde mora. “A linha férrea é paralela à avenida e a população tem sofrido muito com esse problema”, diz.

Eleição O vereador Professor Edson (PPS) voltou a tocar no assunto do projeto de lei, apresentado por ele, que determina eleições para diretores em escolas municipais e CMEIs de Apucarana. A matéria foi rejeitada na Casa por ser considerada inconstitucional. A proposta, segundo a assessoria jurídica, deveria partir do Executivo. “Quero justificar aos meus eleitores, pois foi uma proposta de campanha”, disse. Ele afirmou que irá apresentar um requerimento para que a prefeitura promova essa eleição no ano que vem no município.

Convites O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre (PSC), aproveitou os dias de Movelpar para tentar incrementar ainda mais o seu polo moveleiro. Ele conversou pessoalmente com vários proprietários de grandes empresas de fora que estavam com estandes montados na feira e fez convites para que se mudassem para Arapongas, inclusive oferecendo incentivos e subsídios. Onofre entende que, quanto mais empresas se instalarem na cidade, mais empregos serão criados.

Previdência A proposta de reforma da Previdência Social em tramitação na Câmara dos Deputados também esteve na pauta da Assembleia Legislativa do Paraná nesta semana. Uma audiência pública sobre o tema na quarta-feira reuniu deputados estaduais, representante do Ministério Público estadual, sindicalistas e representantes de entidades de classe que apresentaram argumentos contra o texto original do governo. 

Capa de revista Três anos após receber um telefonema do doleiro Alberto Youssef avisando que ele havia caído na Operação Lava Jato, a modelo Taiana de Souza Camargo entrou na mira da maior investigação contra corrupção no país. Ex-amante do doleiro, Taiana foi indiciada pela Polícia Federal  pelo crime de lavagem e ocultação de bens, direitos e valores. Grande operador de propinas no esquema instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, o doleiro é um dos primeiros delatores da Lava Jato.