OPINIÃO

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Uma agenda para o País

Por Irineu Bestinas, de Arapongas

| Edição de 21 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os pregoeiros da discórdia trabalham com insistência a sua agenda de desunião do País, jogando uns contra os outros: filhos contra pais, mulheres contra homens, negros contra brancos: trabalhadores contra empresários, homossexuais contra heterossexuais, e assim por diante. Mas não ficam aí: apregoam a liberação do sexo pelo sexo, sem nenhum motivo elevado a embasá-lo; bem como a liberação das drogas. Trabalham para desarranjar tudo que esteja funcionando. Pela produção do caos, projetam a sua chegada ao poder. Assim se comportam diante da Reforma da Previdência. Da minha parte, almejo, sinceramente, outro destino para a nossa gente.
Vejam bem: se o País tivesse condições de patrocinar uma aposentadoria aos 40 anos de idade, com piso de 5 mil reais; 15 anos de contribuição, como é hoje; vida de Matusalém e serviços públicos aos aposentados idênticos aos da Alemanha, do Reino Unido, Suécia, Noruega, como tem gente por aí propugnando, tudo bem! Qual é o cristão que seria contra isso? Bolsa Família de mil reais, salário família de 100 reais... Mas a realidade nos obriga a percorrer uma estrada mais longa... 

O que temos à nossa frente é o Regime Geral da Previdência Social, embasado nos pilares da Repartição Simples, pela qual, as contribuições dos trabalhadores em atividade respondem pelo pagamento das aposentadorias. Quando foi criado esse regime pelo então presidente Getúlio Vargas, a relação era de 15 trabalhadores na ativa para cada um que se aposentava. Hoje, essa relação está próxima de 1 por 1. Diante do baixo crescimento demográfico e sem mudanças viabilizadoras não haverá dinheiro para pagar as aposentadorias logo mais adiante.
Já, nas áreas públicas, tudo deve ser determinado por cálculos atuariais, de modo a equalizar as contribuições dos servidores e dos entes estatais para garantir a manutenção do denominado sistema de Benefício Definido. 

E bom lembrar que o dinheiro não dá em árvores. Todos os gastos do governo são realizados por meio de taxas e impostos que arrecada da população.
No mais, são clichês, slogans, bandeiras tremulando a cor da ideologia, passeatas e palavras de ordem! Essa gente foge dos números e da matemática, como o diabo foge da cruz. É só trololó... É a mesma turma que levou o País a essa situação enroscada, com 12,5 milhões de desempregados e uma dívida pública insuportável.
E, assim, a unidade da Nação esfarela-se no altar da ideologia. Fazem juras de amor à "democracia", alegam tê-la defendido, mas o que planejam mesmo é a sua execução, sem choro e nem vela... Onde se instalaram, ela morreu incontinenti e jamais retornou. A História está aí para registrar.

Vamos à agenda que preconizo. Limites percentuais para os gastos do Governo Federal; limites para os gastos dos partidos, cuja despesa e contribuições se processariam apenas por meio deles e não pelos os candidatos, individualmente (depois de realizada a depuração e separado o joio do trigo); equalização do horário eleitoral, e, nas eleições majoritárias para cargos executivos, a distribuição levaria em conta, apenas o número de deputados do cabeça de chapa, pois assim estaríamos livres dessa disputa infernal pelo tempo eleitoral gratuito, com acintoso aliciamento de legendas de aluguel; adoção do Regime Parlamentarista de Governo, com inclusão da Moção de Desconfiança, pela qual poderia cair o Ministério, com convocação de novas eleições para a Câmara de Deputados Federais; proibição da reeleição para os cargos executivos; permissão para apenas uma reeleição no mesmo âmbito para os cargo legislativos: voto distrital puro; fidelidade partidária; o Presidente da República seria o Chefe do Ministério da Defesa, das Agências e Reguladoras e do Itamaraty e teria poder de veto nos projetos de lei e nas emendas constitucionais.
Democracia e cidadania nessa gente... Ainda é tempo!