A elaboração de um estudo de potencialidades, encomendado pela Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) ao governo estadual, é um passo importante para ampliar as possibilidades de desenvolvimento da região. O trabalho, a cargo da Paraná Projetos e da Agência Paraná de Desenvolvimento, promete trazer resultados a médio e longo prazos, ajudando o Vale do Ivaí a melhorar seus indicadores econômicos.
As primeiras diretrizes foram apresentadas anteontem em Apucarana, na sede do Sebrae, e apontam para dois eixos com potencial de propiciar esse crescimento integrado: turismo (de aventura e religioso) e fruticultura.
Em comum, essas atividades propostas têm como escopo a diversificação produtiva das propriedades rurais, notadamente na agricultura familiar, e que formam o perfil predominante da zona rural da região. O caminho para esse crescimento, é bem verdade, já vem sendo trilhado nos últimos anos.
Na área do turismo, a própria criação da Amuvitur nasceu da necessidade de pensar em um projeto mais amplo. Nos últimos anos, vários roteiros vêm sendo implantados com sucesso na região, seja dentro de festas locais ou através das caminhadas rurais.
Com caráter sazonal, a atividade tem como vantagem, além da geração de renda adicional fora dos períodos de entressafra, uma maior necessidade de mão de obra, que atua como fator de fixação da população nas localidades.
A outra vertente proposta, a fruticultura, também vem ganhando cada vez mais destaque nas pautas locais e se tornou, desde o ano passado, uma bandeira do Território do Vale do Ivaí, que vem atuando em parceria com universidades e órgãos governamentais, na capacitação de profissionais para profissionalizar a atividade.
O Vale do Ivaí já coleciona várias iniciativas de sucesso na área de fruticultura. Alguns municípios, inclusive, são amplamente reconhecidos como produtores. Caso de Novo Itacolomi e a cultura de banana, as uvas de Rosário do Ivaí e Jandaia do Sul, entre outros tantos exemplos. Assim como o turismo, a fruticultura é uma atividade que agrega muita renda ao longo do ano e, ao contrário da lavoura branca, é completamente adaptável a diferentes climas e relevos, sem exigir grandes áreas de plantio para garantir rentabilidade. A fruticultura também fornece matéria-prima para agroindústrias locais e pode ser transformada em atrativo turístico. O potencial já está delimitado, é preciso agora apostar nesse projeto e consolidar esse caminho para fortalecer o desenvolvimento regional