OPINIÃO

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Vendo o voto

Thiago Zardo

| Edição de 14 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Algumas pessoas se incomodam com as polêmicas temáticas das novelas da TV aberta, mas ninguém é obrigado a assistir, é só mudar de canal ou desligar o aparelho! Algumas pessoas se sentem ofendidas por certas performances de pessoas que se dizem atores que só querem chamar a atenção e fazem qualquer coisa ridícula pra aparecer. Mas ninguém é obrigado a assistir, ou visitar um museu cheio de porcarias denominadas de arte moderna, afinal, como disse o Nobel de literatura uruguaio Eduardo Galeano “arte é arte e lixo é lixo”. Muitas pessoas reclamam da imundície de letra apelativamente promíscua do funk brasileiro, mas o fato é que ninguém é obrigado a ouvir, é só mudar de estação ou desligar o rádio! Agora, o voto ser obrigatório? Aí é sacanagem. É ridículo que em pleno século 21 sermos obrigados a votar.
O voto, ao contrário do que é hoje, obrigatório, tinha que ser proibido! E se a política fosse algo com um mínimo de seriedade no Brasil, o eleitor deveria passar por um teste psicotécnico, isso sim! Como é que alguém que não sabe nem ler pode votar? Como é que alguém que tem problemas com a justiça pode ter direito a votar? Como é que alguém que está metido com a roubalheira política pode ter direito de votar? E o pior, ser candidato! É como diz o velho ditado popular: “preso não põe a mão em arma”! 
Falar no celular dirigindo é proibido, fumar em locais fechado é proibido, a maconha é proibida, então por que não proibir também essa droga de voto obrigatório? Que aliás faz muito mais mal ao país, faz um estrago muito maior do que todas as outras drogas que citei acima juntas! Até porque, como disse certa vez Ken Livingstone “se voto mudasse alguma coisa, eles o aboliriam”.
Eleitor tinha que provar que sabe votar, que sabe escolher. Tinha que fazer curso pra não cair nas artimanhas da sedutora política e seus uLulantes tentáculos. Porque uma coisa é ser escolhido por um ladrão de rua e a outra é escolher o ladrão que vai te roubar. Roubar a saúde, o transporte, a segurança, a educação e o pior; os sonhos e o futuro!
O voto tinha que ser algo conquistado por mérito e não obrigatório, deveria ser como a carteira nacional de habilitação. E também deveria ser cancelado o título de eleitor de quem infringir as leis, tais como ter problemas com a justiça eleitoral, com a Receita Federal e principalmente se tivesse problemas com a polícia. 
Bandido não merece ter o mesmo direito de um cidadão honesto. Voto tinha que ser um direito conquistado por mérito e não moeda de troca barata. Bandido não deveria votar. Simples assim; se deve alguma coisa à justiça, mesmo que seja só acusação que ainda não foi julgada, perde o direito de votar! 
Quem sabe assim o povo desse valor ao ato de exercer o sufrágio universal? Mas vendo o voto de muitos eleitores despreparados, que sequer sabem em quem votaram pra representa-los na última eleição, só nos sobra, ao invés da obrigatoriedade, proibir o voto. Até porque, como diz o ditado “Se político fosse um produto, vendê-lo seria ilegal”. Quem sabe proibindo o voto, a urna deixe de ser essa trágica caixa de pandora, que toda vez que é aberta, é a causa de todos os males da nossa sociedade?