OPINIÃO

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​ Custos da energia elétrica preocupam setor produtivo

Da Redação

| Edição de 25 de junho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O impacto da energia elétrica na planilha de custos das empresas tem preocupado o setor produtivo brasileiro. A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) encabeçou recentemente uma mobilização para discutir o assunto, preocupada com os sucessivos aumentos das tarifas. A entidade ingressou, inclusive, com uma ação judicial perante a Justiça Federal para questionar o ajuste anual, reajuste extraordinário e bandeiras tarifárias nas contas de energia elétrica. O pedido de liminar acabou indeferido. 

A questão da energia elétrica, é verdade, preocupa os empresários e o cidadão comum, que também não suporta esses sucessivos reajustes, que pesam consideravelmente no orçamento doméstico. 
Diante desse cenário, muitas indústrias e também pessoas físicas estão de olho na energia solar ou fotovoltaica, captada através do sol e considerada uma energia infinita, para reduzir seus custos. 
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia) decidiu incentivar o uso dessa tecnologia. Juntamente com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a entidade iniciou um trabalho para apresentar a energia fotovoltaica a empresários. 

Atualmente, uma empresa da cidade é especializada nesse tipo de instalação, que ainda registra uma procura tímida. No entanto, a demanda para o serviço é enorme e está crescendo em todo mundo. 

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024, cerca de 1,2 milhão de geradores de energia solar deverão ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil, representando 15% da matriz energética brasileira, e até o ano 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões.Ou seja, a energia solar será uma realidade no futuro. Por isso, a Acia age de forma correta ao apresentar essa tecnologia aos seus associados. 

Esse movimento também serve como reflexão para os custos da energia tradicional. Os constantes reajustes são maléficos para a indústria, ajudando a aumentar as dificuldades financeiras e provocando demissões. 


Desde ontem, por exemplo, as indústrias paranaenses passaram a pagar uma conta de energia, em média, 5,62% mais cara. 

Portanto, não há outro caminho a não ser discutir a questão da energia elétrica no país. Do jeito que está, muitas empresas acabarão inviabilizadas. Para o cidadão, a situação também é dramática, com sucessivos aumentos. É preciso buscar reduzir esse custo para todos.