OPINIÃO

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​ Voto distrital puro é a salvação

Por Irineu Berestinas, de Arapongas

| Edição de 02 de agosto de 2018 | Atualizado em 31 de julho de 2018

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Bem, em primeiro lugar é preciso dizer que o voto distrital puro supõe o regime parlamentarista de governo em nosso caso, tamanha a deterioração do regime presidencialista. Temos absoluta necessidade de livrarmo-nos do presidencialismo de coalizão. Esse regime tem sido o Cavalo de Troia da República. Por ele, ora convivemos com o messianismo satânico, como foi o período da era petista (Lula e Dilma), ora com lunáticos sonhadores que pensam que o dinheiro público dá em árvores, ora com presidentes que são designados para afrontar a nossa língua pátria (vejam o caso da Dilma, princesa do ANACOLUTO...), ora com histriônicos atores (vejam o caso de Jânio DA Silva Quadros), ora com fascistas de carteirinha (vejam Getúlio Vargas), ora com paspalhões e valentões do tipo Collor de Mello. Haja imposto para bancar essas estripulias todas. Não há instituições republicanas que sejam capazes de suportar tanto desmando e irresponsabilidade assim.

Já no regime parlamentarista, temos a oportunidade de fundar partidos embasados em ideias e em programas de governo. Tem que haver convergência entre os parlamentares e os partidos que sustentam o Primeiro Ministro, pois todos estão no mesmo barco. Se o governo não der certo, convocam-se eleições gerais para o Parlamento, por meio da votação da Moção de Desconfiança... Portanto, no parlamentarismo, temos mecanismos para livrarmo-nos das crises de governança sem maiores traumas. Por seu lado, os eleitores têm como firmar compromissos com os eleitos... e, se estes não seguirem as suas instruções, na próxima eleição será feito o acerto de contas...
Do ponto de vista da representação seriam eleitos os mais votados de cada disputa, e assim estaríamos livres dos Tiriricas que se elegem e puxam mais meia dúzia de não votados, com a ressalva de que o eleitor não focou nem o partido do candidato, nem teve por intenção engrossar essa lista de eleitos, sem nenhuma aptidão para a causa pública. Agora, com a pseudo reforma política em vigência, nas eleições subsequentes a que está por acontecer, são proibidas as coligações nas eleições proporcionais... Um absurdo, porque nós retiramos os Tiriricas de partidos nanicos e os remetemos para os partidos consolidados, de modo a inflar a representação sem nenhum respaldo popular...
Já, do ponto de vista dos gastos eleitorais, tudo seria mais simples, pois, pela obviedade da natureza da disputa, os gastos teriam que percorrer uma geometria bem mais amena... As campanhas políticas aproximariam os candidatos dos eleitores... É o chão da fábrica, as ruas do comércio, as associações e clubes representativos e de serviços.
E o Presidente da República? As suas funções seriam de chefe de estado e não de governo. E, sob a sua responsabilidade, estaria a chefia das Forças Armadas, das Agências Reguladoras de Serviço Público e do Itamaraty...
Esses, a meu ver, são pressupostos sine qua non se pretendemos devolver o poder político ao nosso povo. Chegamos a um impasse tão grande, que as ações devem ser cirúrgicas... Entre elas, a fixação de limites de gastos para o governo federal, prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas até hoje ainda não cumprida, pelo que sei.
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