A Construção Civil é um dos principais setores produtivos da região, empregando milhares de pessoas e ajudando a sustentar várias famílias. Em Apucarana, a notícia de que a queda nas taxas de juros para o financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal (CEF) já alavanca a procura por imóveis. A expectativa agora é de que a informação, veiculada em reportagem publicada na edição de ontem da Tribuna, se reflita em um aumento nas contratações, aproximando a situação do mercado de trabalho atual ao patamar que era encontrado no período pré-crise.
Apesar da crise econômica, que se arrasta desde pelo menos 2014, ter afetado a Construção Civil em menor escala do que em outras esferas produtivas, é fato de que o setor recebeu um duro golpe. Para se ter uma ideia, o número de empregos formais na área de Construção Civil caiu 60% desde aquele ano em Apucarana. Hoje, o número de profissionais formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é de aproximadamente 1,2 mil na cidade.
O impacto negativo da crise no setor só não foi maior por conta a aprovação do novo Plano Diretor do município, que alterou as regras de verticalização da cidade, ampliando as áreas que poderiam receber edifícios maiores. A partir de 2015, a criação de novos e imponentes empreendimentos chamou a atenção até mesmo do poder público, que não esperava uma demanda tão reprimida de prédios na cidade.
Se o aumento de 20% na procura por simulações de financiamento, trazidos pela reportagem, realmente se confirmarem em negociações efetivas, o mercado da Construção Civil deve ver novamente um aquecimento. Portanto, é possível afirmar que a redução de juros proposta pelo Governo Federal, ao menos nestes primeiros dias, foi acertada. A medida traz mostras de que pode trazer consequências benéficas importantes, auxiliando na redução do desemprego e no fortalecimento da economia. A expectativa é de que esse cenário efetivamente se confirme.