OPINIÃO

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Colégios são exemplo de práticas sustentáveis no PR

Da Redação

| Edição de 17 de outubro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os colégios estaduais são modelo no Paraná quando o assunto é gerenciamento de resíduos sólidos e adoção de práticas ecológicas e sustentáveis na rotina diária. Além dos benefícios aos próprios estabelecimentos de ensino e aos estudantes, esse trabalho tem um papel fantástico na conscientização das futuras gerações. É um ciclo virtuoso que está sendo criado nas escolas e que pode, sem dúvida, transformar a realidade. 

A Tribuna trouxe ontem reportagem sobre o projeto estadual “Gerenciamento de resíduos sólidos na escola: responsabilidade de todos nós”, lançado há cinco meses no âmbito do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana. A proposta, lançada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), foi adotada nas 73 escolas do órgão, que abrange 16 municípios. 
O projeto prevê a separação correta dos resíduos gerados nas escolas e também incentiva outras práticas sustentáveis, como o reaproveitamento da água da chuva, reciclagem de óleo de cozinha e também a transformação dos resíduos em compostagem para utilização em hortas orgânicas, entre outras iniciativas que podem ser sugeridas pelas próprias escolas. 
É um trabalho importante para transformar a mentalidade dos adolescentes. A maioria, sem dúvida, vem de uma cultura de não aproveitamento de resíduos, onde até mesmo a coleta seletiva nem sempre fez parte do hábito doméstico. Assim, em longo prazo, o projeto pode representar a quebra de paradigmas. É algo necessário e ainda inexistente em muitas famílias. Ao adotar essa cultura na escola, certamente, uma grande parte desses jovens irá levar esse novo comportamento para casa. 
Na reportagem publicada ontem, a Tribuna trouxe como exemplo o Colégio Estadual Professor Francisco Antônio de Sousa, do Núcleo Habitacional Parigot de Souza, de Apucarana. A escola mantém uma horta orgânica e também uma cisterna para reaproveitamento da água da chuva, que é usada na própria horta e na limpeza do estabelecimento de ensino. A coleta seletiva também se tornou um hábito na unidade entre os alunos. 
São projetos como esse que transformam a realidade das escolas e mudam o comportamento. É preciso quebrar paradigmas e mudar conceitos arraigados para criar um novo padrão. É algo difícil, trabalhoso e demorado, mas que precisa ser colocado em prática. A questão ambiental urge e esse programa estadual – abraçado pelas escolas – serve de modelo.