OPINIÃO

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Coleta seletiva deve receber mais atenção de municípios

Da Redação

| Edição de 23 de fevereiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A coleta seletiva ainda é um desafio no país. Um levantamento realizado em 2016 mostra que apenas 1.055 municípios contam com esse serviço. Esse número representa apenas 18% do total. É uma situação preocupante, pois a coleta seletiva é fundamental para reduzir o impacto que os resíduos geram no meio ambiente. Além disso, há o aspecto social. Milhares de pessoas deixam de garantir renda sem a reciclagem. 

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, determina que todos os municípios brasileiros ofereçam a coleta seletiva à sua população. No entanto, a maioria das prefeituras ainda não tem esses sistemas em pleno funcionamento. 
A coleta seletiva traz inúmeros benefícios atrelados, como encerramento dos lixões, a implantação e uso racional de aterros sanitários, a reintrodução dos recicláveis na cadeia produtiva e a inserção socioeconômica dos catadores organizados em cooperativas como agentes da coleta. 
Na região, houve um avanço muito grande na questão da coleta seletiva nos últimos anos. No entanto, ainda há muitos desafios. A maioria ainda está longe de recolher 100% do lixo reciclável produzido. Na verdade, poucos municípios brasileiros atingem esse índice. Em 2010, por exemplo, eram apenas sete. É um número muito baixo. 
Ontem, a Tribuna trouxe reportagem sobre Jandaia do Sul. O município foi selecionado pelo Instituto das Águas do Paraná para receber incentivos do Programa Estadual de Sistema Integrado de Coleta Seletiva. Com isso, a Prefeitura está reequipando totalmente a cooperativa de catadores responsável pela coleta do material reciclável do município. 
Em Jandaia do Sul, o trabalho é realizado pela Associação dos Agentes Ambientais Catadores dos Materiais Reciclados de Jandaia do Sul (Ascamar). O investimento na compra de equipamentos chega a R$ 500 mil e promete ampliar a capacidade da coleta seletiva do município. 
É um exemplo positivo. A coleta seletiva precisa ser prioridade dos municípios. Esse serviço tem uma importância ambiental e social muito grande, e não pode ser preterido. A Política Nacional de Resíduos Sólidos precisa ser respeitada. São ações como essa que fazem a diferença na sociedade.