OPINIÃO

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Coronavírus não pode tirar atenção do avanço da dengue

Da Redação

| Edição de 19 de março de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O coronavírus é a principal pauta do noticiário nacional. O número crescente de casos no mundo e o potencial que a pandemia inflige inegavelmente exige atenção das autoridades e da população. Contudo, no horizonte da saúde pública outra epidemia também avança com números a cada dia mais preocupantes. Sim, precisamos falar sobre a dengue.

Em uma semana, o Paraná confirmou mais 12 óbitos por dengue. Os números constam no último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na terça-feira. Com a atualização, já são 49 pessoas que perderam a vida no Paraná em decorrência da doença. 
Entre os 12 óbitos confirmados, inclui-se a morte de mulher de 50 anos, de Sarandi, e uma menina de 9 anos, de Barbosa Ferraz, que não tinham qualquer problema de saúde pré-existente, a chamada comorbidade.
Assim como as mortes, o número de casos confirmados segue crescendo. Atualmente o estado tem hoje 65.524 casos confirmados, sendo que 12.872 foram registrados na última semana.  Dos 399 municípios do Paraná,  357 municípios tem registros da doença e em 147 cidades a quantidade de casos já atingiu índices epidêmicos.
Na região, são 2.024 casos de dengue nos municípios da 22ª Regional de Saúde de Ivaiporã e 16ª Regional de Saúde de Apucarana e cinco municípios em epidemia: Ivaiporã, Godoy Moreira, Jardim Alegre, São Pedro do Ivaí e Lunardelli. Dos 17 municípios da área da 16ª RS, apenas Novo Itacolomi não tem nenhum caso de dengue confirmado.
Ou seja, a situação é de alerta máximo. Preocupado com os contornos da disseminação da dengue, o Governo do Estado vem se mobilizando contra a doença desde o ano passado, intensificando ações em um esforço que reúne todos os órgãos do Estado. Neste sábado, por exemplo, um grande mutirão vai acontecer com apoio inclusive do Exército em 60 municípios com maior incidência da doença.
As preocupações a respeito do coronavírus podem potencializar a epidemia de dengue. É preciso que a sociedade dê uma resposta a essas demandas. Além do isolamento social e desinfecção exigidos pelo coronavírus é preciso manter a mobilização social para garantir a eliminação dos focos do Aedes Aegypti. A dengue mata e já fez vítimas demais no Estado.