Enquanto a população e as autoridades de se desdobram em evitar a propagação do coronavírus, outro problema de saúde cresce a cada dia. Nesta semana, o município de Marumbi entrou na lista das cidades em epidemia da doença. É o oitavo município da região a ultrapassar a razão de 300 casos para cada 100 mil habitantes que determina a situação de epidemia.
Atualmente são oito município das áreas da 22ª Regional de Saúde (RS) de Ivaiporã e 16ª RS de Apucarana em epidemia. Até o final deste ano epidemiológico, que encerra em agosto outros podem entrar nessa lista, uma vez que atualmente a região tem outros cinco municípios em estado de alerta, quando o número de casos se aproxima do índice epidêmico.
No quadro geral, entretanto, a situação na região é bem mais favorável que no restante do estado. A saber, dos 399 municípios do Paraná, 177 estão em situação de epidemia, quase a metade. Em uma semana, foram registrados 11,2 mil novos casos da doença no estado, totalizando 87,9 mil registros.
Além dos novos casos, na semana 12 mortes causadas pela dengue foram confirmadas no Estado. Sessenta e nove paranaenses perderam a vida por conta da doença. Entre as mortes registradas no último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na última terça-feira duas chamam atenção. Um adolescente de 16 anos de Rolândia e um menino de 8 anos de Sarandi. Em comum, além da pouca idade, os pacientes não tinham histórico de outras doenças.
Uma orientação que a Sesa vem dando desde o início das medidas de isolamento vale a pena ser repetida e frisada inúmeras vezes. Que a população aproveite esse tempo em casa e coloque como rotina dispensar 10 minutos do dia para averiguar, seja no quintal ou nas partes cobertas da casa, se existe algum ponto de água parada.
Não há como eliminar a dengue sem passar pelo mosquito, que tem um ciclo de reprodução bastante curto e que, portanto, exige vigilância diária. É preciso um esforço rotineiro nesse sentido ou o Paraná jamais vai derrotar a dengue.