OPINIÃO

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É preciso manter vigilância permanente contra a dengue

Da Redação

| Edição de 20 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O quadro de epidemia de dengue enfrentado por São João do Ivaí serve de alerta. Praticamente às vésperas do inverno, quando a presença do mosquito Aedes aegypti cai consideravelmente, o município confirmou 61 casos da doença. Isso mostra a importância de manter ações permanentes de combate ao mosquito, que, além da dengue, também transmite outras doenças, como zika vírus, febre chikungunya e também febre amarela. 

A situação parecia controlada em São João do Ivaí, assim como na maioria dos municípios da região. No entanto, uma enxurrada de casos começou a ser confirmada em março. Com 61 registros de dengue, São João do Ivaí tornou-se o primeiro município do Paraná neste ano epidemiológico com quadro epidêmico da doença. 
Com os novos casos, a taxa de incidência é de 0,05 por 100 mil pessoas. A classificação de epidemia equivale índices a partir de 0,03 por 100 mil. São João do Ivaí é o único município da região com muitos casos de dengue. No entanto, a infestação é alta de Aedes aegypti também em outras cidades. Apucarana, por exemplo, divulgou nesta semana o segundo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2018, realizado entre 2 e 4 de abril. O percentual de infestação do mosquito da dengue na área urbana alcançou 7,3%, contra 5,4% do primeiro índice do ano, publicado em fevereiro. O preconizado pelo Ministério da Saúde é de 1%.
O resultado é preocupante, porque mostra que a presença do mosquito é grande na cidade. Em alguns bairros, o índice chega a impressionantes 16,6%. Apesar disso, o município tem apenas três casos de dengue confirmados neste ano epidemiológico. 
A situação de São João do Ivaí deve servir de exemplo para os demais municípios. É preciso ampliar as ações de combate ao Aedes aegypti, colocando mais agentes de endemias nas ruas para fiscalizar e orientar os moradores. A população, por outro lado, precisa fazer a sua parte, mantendo seus quintais limpos, sem recipientes que possam servir de criadouros para o mosquito. 
Nos últimos anos, houve uma queda acentuada de casos. No entanto, qualquer esmorecimento no combate ao Aedes aegypti pode representar risco. O Paraná registrou nesta semana a primeira morte provocada por dengue. A vítima é uma idosa de 83 anos, moradora de Foz do Iguaçu. 
A dengue representa, portanto, um perigo real. É fundamental manter a vigilância e redobrar os cuidados para evitar o surgimento de casos.