OPINIÃO

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Fogo na Caixa deve servir de alerta para autoridades

Da Redação

| Edição de 14 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O incêndio na agência central da Caixa Econômica Federal (CEF), de Apucarana, gerou pânico e preocupação na cidade na noite de quinta-feira e madrugada de sexta. O Corpo de Bombeiros demorou mais de dez horas para conter as chamas, diante da complexidade de adentrar na agência – construída para ser de difícil acesso. O caso mostra a importância de manter em dia as obrigações de prevenção a incêndio. 

O fogo começou por volta das 17h30 de quinta-feira e gerou pânico nos poucos funcionários que ainda trabalhavam na agência, no final do expediente. Uma densa fumaça tomou conta do ambiente e eles tiveram dificuldades para sair. Um vidro lateral precisou ser quebrado. Duas pessoas foram encaminhadas para o Hospital da Providência, sem gravidade. 

Os bombeiros consideraram a situação controlada e apenas atuavam na dissipação da fumaça. No entanto, as chamas ressurgiram e a situação ficou tensa. Grandes labaredas tomaram conta do prédio e a corporação precisou de 200 mil litros de água, apoio de caminhões-pipa particulares e de guarnições de outras cidades, para conter o fogo. 

Por sorte, o incidente ocorreu fora do horário de expediente bancário. A agência central, que fica na Praça Rui Barbosa, recebe centenas de clientes diariamente. Se este episódio tivesse ocorrido durante o atendimento ao público, uma grande tragédia poderia, sem dúvida, ter ocorrido. Felizmente, restaram apenas os danos materiais. 

No entanto, o fato deve servir de alerta para as autoridades e também para o próprio Corpo de Bombeiros. É preciso ampliar a fiscalização sobre a situação de combate a incêndio, saídas de emergência e outros aspectos para garantir a segurança de funcionários e clientes. Em locais de grande movimento, como bancos e outras repartições públicas, é fundamental que tudo esteja em dia. No caso da Caixa, a situação é emblemática. Afinal, um banco adota todos os mecanismos de proteção possíveis para evitar furtos e assaltos, com senhas, portas de segurança redobradas, entre outros dispositivos. 

O fato é que o episódio da boate Kiss, de lamentável lembrança, não pode mais se repetir. Em janeiro de 2013,  242 pessoas morreram e 680 ficam feridas após um incêndio no local, em Santa Maria (RS), que iniciou também com uma densa fumaça e evoluiu para uma tragédia sem precedentes no país.

Portanto, todos os cuidados e toda prevenção são fundamentais para garantir a segurança das pessoas.