OPINIÃO

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Fortalecimento do interior começa a mostrar resultados

Da redação

| Edição de 20 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os números do Cadastro Geral de Empregos (Caged), divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho, reforçam uma tendência que vem se delineando desde o início do ano de retomada de crescimento.
Apucarana nesse cenário merece destaque. Entre contratações e demissões, o município registrou um saldo positivo de 982 vagas no período entre janeiro e junho, ou seja, por mês foram geradas, em uma média de 163 postos de trabalho, um ritmo que colocou o município como o quinto do estado em geração de empregos formais. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, o salto era negativo em 32 vagas.
O desempenho do período colocou o município em destaque dentro das economias em recuperação no Estado. Apucarana ficou em quinto lugar em geração de novas oportunidades de trabalho. 
Todos os outros municípios que se destacaram no semestre são do interior. No sudoeste do estado, Pato Branco, município com quase 80 mil habitantes, liderou o ranking de novos empregos com abertura de 1.474 vagas, seguido de Cascavel (1.416), Maringá (1.374), Palotina (1.146) e a já citada Apucarana.
O crescimento nas cidades fora do eixo metropolitano da capital refletem o contexto da economia paranaense, onde - é preciso admitir - a crise econômica não chegou com a mesma força de outros estados. Uma crise que trouxe reflexos absolutamente fora de controle, caso do Rio de Janeiro, que está com o Estado completamente falido e à beira de uma guerra civil.
No Paraná, apesar do desempenho negativo de junho - primeiro mês do ano a quebrar o ciclo de saldos positivos com registro de perda de 3.561 vagas - o primeiro semestre encerrou com a criação de 23.189 de empregos. Uma realidade muito mais confortável que a vivida no mesmo período do ano passado quando as perdas somavam 16.763.
O Paraná apresenta o melhor saldo da região Sul, à frente de Santa Catarina (22.366) e Rio Grande do Sul (1.107) e o quarto melhor desempenho do País, atrás de Minas Gerais (65.702), São Paulo (61.873) e Goiás (39.459).
Os números reforçam que a estratégia do governo estadual de fomentar desenvolvimento de forma descentralizada, fortalecendo os municípios menores e dando suporte à produção através de ações conjuntas que implicam em oferta de crédito, assessoria e até capacitação empresarial, e o polêmico choque de gestão que implicou em cortes de gastos públicos traz resultados concretos. O caminho ainda é muito longo e recuperar o que a crise corroeu  nos últimos anos não é tarefa fácil, mas os primeiros passos foram dados.