Alunos da rede municipal de educação de Apucarana participaram na noite da última terça-feira de uma solenidade de premiação referente a XXI Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Nesta edição, mais de 1,3 mil alunos fizeram pontuação condizente com premiação. A competição distribuiu, conforme o desempenho na prova, medalhas de ouro, prata e bronze. Para ser premiado o aluno precisa obter um percentual de acerto de 90% no teste.
O desempenho dos estudantes da rede municipal colocou o município na terceira colocação geral em número se medalhas de toda a competição, realizada em todo país e que envolveu 774 mil estudantes do ensino fundamental. A saber, apenas as redes de duas capitais, São Paulo e Fortaleza, no Ceará, conquistaram maior número de premiações.
A competição é uma prova preparada pela Sociedade Astronômica Brasileira e a Agência Espacial Brasileira, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, com o objetivo de difundir o conhecimento e fomentar o interesse dos jovens pela ciência.
A OBA segue o mesmo conceito de outras iniciativas semelhantes, como a Olimpíada Brasileira de Matemática, na formatação de uma estratégia que gera engajamento nos participantes através da competição
Qual que iniciativa que fortaleça a ciência no Brasil deve ganhar reconhecimento, principalmente em se tratando do ensino fundamental. Para criar futuros cientistas, é preciso despertar o interesse pelo conhecimento desde cedo.
Infelizmente, o Brasil é um país que vai na contramão do mundo em incentivo à ciência e inovação, principalmente se tratando da esfera governamental. Após alcançar um pico nos anos 2010, o orçamento federal para Ciência e Tecnologia - cujo ministério passou a abrigar, em 2017, também a pasta de Comunicações, diminuiu em dois terços. No ano passado, o orçamento despencou 44%. A tragédia que reduziu a cinzas o Museu Nacional do Rio, o maior museu de História Natural da América Latina, em setembro, é um exemplo emblemático do papel da ciência no Brasil.
Sem investir em ciência e inovação, o país se torna dependente de tecnologia estrangeira e emperra o ambienta produtivo. Todos os países que conseguiram superar crises econômicas graves, o fizeram com investimentos em inovação e educação. É uma receita que não tem como dar errado, mas que o Brasil insiste em não adotar.
OPINIÃO
MAIS LIDAS
-
CURISCO NA POLÍTICA
13/10Michelle vem aí
-
Cidades
17/01Jandaia do Sul inicia obras de ampliação do aterro sanitário
-
Cidades
26/04Polícia Civil não descarta relação entre assassinatos na zona norte
-
Investigação
26/04Três são presos em operação no Marcos Freire