OPINIÃO

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Organização e planejamento é essencial na gestão pública

Da Redação

| Edição de 12 de novembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Antes de assumir o cargo, o governador eleito Ratinho Junior (PSD) está agindo com cautela e muito cuidado no planejamento do seu governo. Em entrevista exclusiva à Tribuna, ele anunciou que está tomando suas decisões com base em um estudo da Fundação Dom Cabral, uma instituição especializada em consultoria. Até por conta disso, até agora, Ratinho Jr. anunciou até agora apenas dois secretários: Renato Feder para a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o general do Exército, Luiz Felipe Kraemer Carbonell, para a Secretaria de Segurança Pública.

Ratinho demonstra nesse período pré-transição que pretende profissionalizar e modernizar a gestão. Antes de assumir, o futuro governador já cumpre uma promessa de campanha. O estudo da Dom Cabral está sendo pago pelo G7 – grupo de instituições do setor produtivo que inclui a Fecomércio, presidida por Darci Piana (PSD), vice-governador eleito. Esse trabalho ajudará a determinar quais secretarias e órgãos continuarão existindo. Em entrevista à Tribuna, no entanto, ele antecipou que pretende “reduzir pela metade o número de secretarias, reduzir o número de comissionados e acabar com as regalias monárquicas que ainda existem”.
O período de transição foi antecipado após acordo com a atual governador Cida Borghetti (PP) e começa dia 19 de novembro. Inicialmente, os trabalhos seriam abertos em 3 de dezembro. É fundamental que isso ocorra de forma transparente, pois ajudará o governador eleito a ter totais condições de ajustar o seu planejamento de acordo com a realidade financeira estadual. 
Ratinho Junior age de forma correta ao profissionalizar a gestão pública. Infelizmente, a maioria dos governos pautou seu trabalho por arranjos políticos. Por conta dessa cultura nefasta, muitos cargos estratégicos foram comandados por aliados. É importante nomear técnicos, especialistas, que têm condições de gerenciar pastas estratégicas. 
Outro sinal positivo da futura gestão é o diálogo. Ratinho Junior já procurou os professores e anunciou uma mesa permanente de negociação. O objetivo é evitar casos como os registrados recentemente, de violência contra os professores. 
Os primeiros sinais da gestão Ratinho Junior são alvissareiros. O futuro governador está planejando, organizado e mostrando a devida cautela na organização da sua equipe e no planejamento de ações. A gestão pública precisa de administradores modernos e que pensam profissionalmente. Não há mais espaço para improvisos e arranjos meramente políticos.