OPINIÃO

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Programas públicos fazem a diferença para população

Da Redação

| Edição de 22 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Alguns programas públicos e gratuitos fazem a diferença na vida da população e servem de modelo. Um exemplo nesse sentido é o Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, ofertado pelo Ministério da Saúde desde 2002 em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A iniciativa é desenvolvida em seis Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município e já ajudou dezenas de apucaranenses a abandonar a dependência de fumo. 

Atualmente, cerca de 80 pessoas estão realizando tratamento em Apucarana. O programa começa com quatro reuniões mensais, nas quais são discutidos temas como a superação da abstinência e a maneira de lidar com o estresse gerado pela falta do fumo. Também, nessas reuniões, são compartilhadas experiências positivas ou de recaída dos pacientes. A partir do momento em que a pessoa para de fumar, ela é acompanhada uma vez a cada 15 dias e depois mensalmente até completar um ano sem cigarro. 
Além da terapia cognitivo-comportamental, os fumantes têm apoio com medicamentos, goma de mascar e adesivos de nicotina, além de comprimidos antidepressivos para o combate a ansiedade. 
Os resultados em Apucarana estão sendo positivos. Cerca de 50% das pessoas que começam o tratamento conseguem parar de fumar. Em 2015, por exemplo, o programa teve 253 participantes no município, sendo que 136 (54%) abandonaram o vício do cigarro. 
Essas iniciativas são importantes. É muito difícil parar de fumar, ainda mais para quem convive com essa dependência há anos. Em muitos casos, somente com apoio profissional é possível largar esse vício. 
A vida das pessoas é transformada. O cigarro é nocivo à qualidade de vida. Além de prejudicar imensamente a saúde, provocando vários tipos de câncer que podem levar a morte, o fumo também hoje não tem mais espaço na vida social. O cigarro prejudica a convivência e o relacionamento interpessoal. 
O apoio de programas públicos é fundamental nesse sentido. Muitas pessoas não têm condições de pagar por apoio profissional. Assim, a oferta desse tipo de serviço garante a oportunidade de tratamento. 
Outras dependências carecem de apoio público. O álcool e as drogas também precisam de maior estrutura. Nesse contexto, é importante instalar novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) para ampliar o combate a esses tipos de dependência, que causam também prejuízos à própria sociedade, com reflexos na segurança pública. 
O apoio do poder público é essencial, portanto, nesses campos. É possível mudar a realidade de muitas pessoas e o bem-comum deve ser o objetivo principal de um gestor.