OPINIÃO

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Reajuste dos combustíveis pesa no bolso do brasileiro

Da Redação

| Edição de 20 de maio de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os combustíveis estão pesando no orçamento dos brasileiros. O governo federal precisa, com urgência, rever essa política de preços da Petrobras. O consumidor é duplamente prejudicado. Além de pagar mais para abastecer o carro, também recebe o impacto do aumento dos preços dos alimentos e de diversos outros produtos, que são reajustados por conta do custo maior de transporte. 

Nos postos de combustíveis de Apucarana e de Arapongas, a gasolina sofreu cinco reajustes em apenas uma semana. A alta somou 7%. O litro desse combustível está na casa de R$ 4,60. O diesel também ficou mais caro nas bombas. O litro está sendo vendido nas duas cidades a R$ 3,79, em média, o que gera revolta entre os caminhoneiros, principalmente, que ameaçam iniciar nova onda de protestos. 
A escalada de preços começou em julho do ano passado, quando a Petrobras adotou um novo formato na política de preços. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente, de acordo com a cotação internacional do petróleo. Desde então, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de 57,3%. Já alta do diesel soma 57,8%. 
O quadro atual preocupa na medida em que os combustíveis impactam na inflação e afetam praticamente toda cadeia produtiva, causando reflexos diretos no bolso do cidadão. 
Diante desse cenário, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) ameaça entra em greve amanhã. A entidade, que reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil, cobra o governo desde outubro do ano passado a queda nos custos do diesel.
A paralisação promete gerar ainda mais transtornos ao país. O último protesto nacional, realizado pela categoria em 2015 e que ajudou a derrubar a então presidente Dilma Rousseff (PT), durou vários dias e instalou o caos em inúmeras rodovias brasileiras. 
Isso reforça a importância de buscar uma solução para o problema. Os preços dos combustíveis estão chegando a um patamar inaceitável, afetando toda a população. Não são apenas os caminhoneiros que estão revoltados, mas a maioria dos brasileiros. Essa política de preços vem se mostrando nefasta e até certo ponto cruel. É preciso buscar um equilíbrio, pois a maioria dos ajustes de preços feitos desde julho de 2017 foi para cima. O cidadão não suporta mais.