OPINIÃO

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Redução da tarifa do pedágio é esperada pela população

Da Redação

| Edição de 14 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A população paranaense exige mudanças no formato atual do pedágio. O alto preço das tarifas e a lentidão na execução de algumas obras geram reclamações no Estado. Até por isso o tema das concessões de rodovias dominou a última campanha eleitoral, diante do encerramento contratos em 2021. 

Na última quarta-feira, o governador Ratinho Junior (PSD) anunciou algumas mudanças esperadas. A nova licitação envolvendo o Anel de Integração será conduzida pelo governo federal. O governo do Paraná fez três exigências para que o processo tenha sequência sob comando da União: redução de pelo menos 50% no valor atual das tarifas de pedágio; execução de obras de modernização das estradas, como as duplicações que não foram feitas; e implantação de contornos rodoviários, principalmente nas maiores cidades cortadas pelo Anel de Integração.
O governador age de forma correta ao antecipar a programação da licitação. Segundo Ratinho Junior, o edital deve ser lançado pela União em 2020, um ano antes do fim efetivo dos contratos. 
É fundamental garantir transparência nesse processo. A questão do pedágio já gerou muito desgaste nos últimos governos estaduais, inclusive com denúncias de pagamento de propinas e outras irregularidades nas concessões. 
O formato de privatização é o mais adequado. O estado não tem condições de manter um cronograma de obras, por conta dos altos investimentos. No entanto, é ponto pacífico que os contratos feitos no Paraná foram falhos, principalmente por conta das altas tarifas e também pela demora nas obras. Muitos projetos importantes, como o caso da tão sonhada duplicação da BR-376, entre Apucarana a Ponta Grossa, que ficou para o final do contrato e não será concluída, já que 90 quilômetros ficarão em pista simples. 
Além das rodovias, as concessões de quatro aeroportos do Estado também serão licitadas pelo governo federal: Foz do Iguaçu, Londrina, Bacacheri (Curitiba) e Afonso Pena (São José dos Pinhais).
O governo do Estado cumpre a promessa de rever as concessões. No final das contas, a população precisa ser contemplada, com uma tarifa mais barata e também com a conclusão de obras fundamentais. O Paraná ganha com contratos bem feitos e que promovam o desenvolvimento estadual.