OPINIÃO

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Urnas eletrônicas não podem ser alvo de histeria

Da Redação

| Edição de 16 de outubro de 2018 | Atualizado em 15 de outubro de 2018

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Falta bom senso de muitas pessoas em relação às urnas eletrônicas. O sistema de votação, considerado um dos mais modernos do mundo, vem sendo criticado como nunca em 2018. No entanto, até agora, não apareceram provas concretas de qualquer tipo de fraude.

Nos últimos meses, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vem garantindo reiteradamente que o sistema é devidamente protegido contra eventuais ataques e tentativas de corrupção do resultado da votação. Entre os argumentos, cita que, em 22 anos de urna eletrônica, nunca foi detectada fraude.
São ainda elencadas medidas de defesa adotadas. Entre as barreiras estão a biometria, uma votação paralela que testa urnas aleatórias, criptografia, os testes públicos de segurança da urna e a ausência de conexão com a internet -o que eliminaria as chances de uma ofensiva remota.
Na prática, há uma histeria coletiva em relação ao assunto, muito por conta da polarização desta eleição. Muitos eleitores, absolutamente afoitos, não esperam o processamento do voto e já apontam eventuais falhas que, muito provavelmente, sequer ocorreram.
É preciso calma. Em 22 anos, nenhuma fraude foi confirmada na urna eletrônica. Inúmeros partidos políticos já duvidaram da sua eficácia. Na eleição presidencial passada, o PSDB contestou o resultado e auditorias foram feitas na votação por determinação do TSE, sem que nenhum problema fosse registrado.
Eventuais falhas técnicas, sim, são corriqueiras. Algumas urnas precisam ser trocadas em todo pleito e há ocorrência de travamento do sistema. No entanto, isso é muito diferente de fraude. Se alguma intervenção fraudulenta existisse, certamente, os inúmeros especialistas em tecnologia ou até mesmo os famigerados hackers já teriam apontado e comprovado essa vulnerabilidade.
Defender o voto impresso é um retrocesso. Hoje, a Justiça Eleitoral é rápida e segura, até que se prove ao contrário. Os resultados são conhecidos poucas horas depois de fechadas as seções eleitorais. É uma conquista. Dizer que o Brasil não teria condições de fazer uma tecnologia como essa é fruto do “complexo de vira-lata” que ainda permeia o país. É preciso calma e cautela. As urnas eletrônicas vão trazer à tona o desejo do povo. Essa decisão popular é infalível e inquestionável. Basta ter paciência e aguardar o dia 28 de outubro. E, depois, aceitar democraticamente o resultado.