A violência está entre as principais preocupações do cidadão. O avanço da criminalidade afeta a vida de todos, independente da classe social. Não há escrúpulos no crime. Os bandidos atacam a tudo e a todos. Em muitos casos, os frutos dos furtos e roubos são trocados por porções de maconha ou algumas pedras de crack. É um drama moderno.
Nesta semana, um assalto no Núcleo João Paulo assustou os moradores do bairro, um dos mais populosos de Apucarana. A vítima foi um casal de idosos, roubado por três bandidos armados com pistolas. Eles invadiram a casa de madrugada, encapuzados e usando coletes balísticos, levando pânico aos moradores. Os assaltantes levaram relógios de herança e alguns aparelhos eletrônicos. O carro da família também foi levado, mas abandonado em seguida no próprio bairro.
Esse trauma, certamente, irá demorar a passar. Afinal, ter a casa invadida de madrugada por bandidos fortemente armados, enquanto se está dormindo, deve representar uma sensação imensa de impotência e de fragilidade.
O Núcleo João Paulo vem enfrentando uma onda de criminalidade nos últimos meses. A população cobra a instalação de um módulo da Polícia Militar (PM). A corporação, no entanto, afirma que o formato de módulos policiais não surte mais o efeito esperado. Hoje, as patrulhas com veículos, segundo o comando da PM, garantem maior agilidade no combate ao crime.
No entanto, a população sente-se absolutamente desprotegida. A violência tira o sono, o sossego, a esperança e, em alguns casos, até a dignidade. Por isso, é tão importante que o poder público busque alternativas para garantir o mínimo de tranquilidade à população, tão maltratada por uma série de mazelas sociais, políticas e econômicas.
Esse problema registrado no Núcleo João Paulo se repete em outros bairros de Apucarana, mas também de outras cidades do mesmo porte.
É óbvio que a solução para o problema da criminalidade é absolutamente complexo. No entanto, a sociedade, de modo geral, não pode cruzar os braços. É inaceitável que bandidos invadam a casa de idosos de madrugada sem que haja uma reação das autoridades. Não podemos considerar normal tamanha agressão à liberdade. A casa é sagrada para uma família e não pode ser violada dessa maneira. A violência e a criminalidade assustam a todos, pobres e ricos, no centro e na periferia. É preciso unir esforços para combater esse grave problema social.