POLÍTICA

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BRDE fomenta a economia da região Sul do País, diz Pessuti

Edison Costa

| Edição de 17 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) completou neste dia 15 de junho 57 anos de atuação no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A instituição bancária, comandada pelos governos dos três estados do Sul, tem como principal objetivo fomentar a geração de emprego e renda através do apoio financeiro à indústria, ao comércio, a empresas de todos os portes, ao agronegócio, aos prestadores de serviços e aos municípios.

Imagem ilustrativa da imagem BRDE fomenta a economia da região Sul do País, diz Pessuti


Atualmente, o BRDE tem na presidência o ex-governador do Paraná e ex-deputado estadual Orlando Pessuti, que tem suas raízes no Vale do Ivaí. Ele nasceu em Califórnia, quando a localidade ainda pertencia a Apucarana, morou em Jardim Alegre e trabalhou como engenheiro agrônomo na Emater de Ivaiporã. 
Nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB), Pessuti está no cargo desde novembro de 2017 e deverá permanecer até fevereiro de 2019, quando encerra o período de gerência da instituição por parte do Paraná, conforme rodízio de comando estabelecido entre os três estados.
“O BRDE é um importante instrumento de fomento ao desenvolvimento regional, sendo grande gerador de emprego e renda”, afirma o diretor presidente Orlando Pessuti. Segundo ele, o banco disponibiliza linhas de crédito de baixo custo para os mais diferentes setores da economia, sobretudo à indústria, ao comércio e ao agronegócio. Ele assinala, inclusive, que só o agronegócio absorve 60% dos financiamentos da instituição, através do apoio às cooperativas agrícolas e de crédito e empresas do ramo.
Pessuti informa que apenas no ano passado o BRDE contratou nos três estados do Sul em torno de R$ 2,2 bilhões em financiamentos, valor que, somado aos recursos próprios dos empreendedores, viabilizou investimentos de mais de R$ 4 bilhões na região Sul, em todos os setores da economia. A agência do Paraná do BRDE contratou R$ 690 milhões, porém a média de investimentos no Estado é acima de R$ 1 bilhão por ano.
“Tivemos um bom resultado em 2017. O BRDE encerrou o ano mantendo a posição de maior repassador de recursos entre as instituições financeiras credenciadas pelo BNDES na região Sul e o sexto colocado no País”, avalia o Pessuti. 
Dos recursos contratados pela agência do Paraná, 39,6% foram destinados a produtores rurais, um desembolso de 
R$ 273 milhões. As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) responderam por R$ 183 milhões do total de investimentos. As operações com grandes empresas e cooperativas somaram 
R$ 228 milhões. 
Orlando Pessuti acrescenta que o BRDE vem contribuindo para os bons resultados da economia paranaense, com destaque para os investimentos no agronegócio e empresas de todos os portes. De 2011 a 2017, as contratações feitas pelo Paraná somaram R$ 7,2 bilhões.
No balanço geral, já chega a R$ 132,7 bilhões o volume de recursos aplicados pelo Banco no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul desde sua fundação, em 1961, até o ano passado.

AGRONEGÓCIO
Pessuti assinala que no Paraná o BRDE tem direcionado suas linhas de crédito com maior ênfase ao agronegócio, através de parcerias com as cooperativas agropecuárias e de crédito. Neste aspecto, sua presença maior está nas regiões oeste e sudoeste do Estado, onde se concentra o maior número de cooperativas e empresas do agronegócio. São duas regiões grandes produtoras de suínos, aves e de grãos e onde se concentram também grandes indústrias de transformação de produtos de origem animal e vegetal. 

Instituição financeira tem atuação ativa no norte do Paraná
Conforme o diretor presidente, Orlando Pessuti, o BRDE também tem uma participação ativa no norte do Paraná através das cooperativas agrícolas e empresas do agronegócio.
No caso específico do Vale do Ivaí, Pessuti assinala que esta é uma região que ainda precisa ser mais explorada do ponto de vista industrial e do agronegócio, a exemplo do que já acontece em outras regiões. Tanto que este é um tema bastante discutido pelos prefeitos e demais lideranças políticas e empresariais do Vale do Ivaí. 
Mesmo assim, segundo ele, o BRDE tem direcionado suas linhas de crédito mais para as cooperativas agrícolas, na construção de aviários através do sistema de produção integrada com as empresas do ramo e ainda no fomento de outros ramos empresariais. (E.C.)

Banco pretende aumentar os investimentos no decorrer deste ano

O balanço financeiro do BRDE aponta que os resultados de 2017 contribuíram para criar ou manter 33.065 empregos diretos e indiretos e geraram ICMS incremental de R$ 359 milhões aos estados-controladores, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
O BRDE obteve lucro de R$ 118 milhões, ante aos R$ 117,6 milhões obtidos no ano anterior. O Banco alcançou Patrimônio Líquido superior a R$ 2,5 bilhões, com R$ 17,2 bilhões de Ativo Total. 
O diretor presidente do BRDE, Orlando Pessuti, diz que a instituição pretende aumentar os investimentos empresariais e do agronegócio neste ano. “Nesse momento, a principal prioridade é restabelecer os níveis de financiamento que vínhamos praticando e que, em 2017, foram reduzidos por conta da crise nacional e da exigência para que o BNDES devolvesse recursos ao Tesouro Nacional”, afirma. “Isso provocou redução do volume de recursos repassados pelo BNDES”, pondera.
Pessuti assinala o esforço de sua equipe tem sido o de compor os limites compatíveis com a necessidade que existe dentro do BRDE para atender à demanda de todos os segmentos: agronegócio, comércio, indústria e prestação de serviços. E a demanda está sendo incrementada em 2018, por conta da retomada do crescimento do País. 
“Estamos buscando a diversificação das fontes de recursos, por meio de recursos próprios e de parcerias, como a que firmamos com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)”, informa. Segundo ele, o BRDE está captando 50 milhões de euros na AFD, que serão investidos em projetos voltados à produção e consumo sustentáveis. Além disso, o Banco passou a operar linhas do Fungetur, do Funcafé e do programa Avançar Cidades, que vem ao encontro de outro programa já existente, o BRDE Municípios. (E.C.)