POLÍTICA

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Câmara de Arapongas prepara comissão para investigar vereador

DA REDAÇÃO

| Edição de 03 de fevereiro de 2022 | Atualizado em 17 de fevereiro de 2022

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A Câmara de Vereadores de Arapongas vai votar já na próxima segunda-feira, dia 7, o requerimento para a instalação de uma Comissão Processante (CP) para apurar o caso do vereador Paulo Cesar de Araújo (DEM), o Pastor do Mercado, que foi preso na última segunda-feira, suspeito de agressão física a três mulheres. A pauta deve ser o centro das atenções no Legislativo logo na primeira sessão do ano.

O presidente do Legislativo, Rubens Franzin Manoel (DEM), informou na tarde de ontem que o requerimento já está pronto e, se for aprovado na sessão, as bancadas poderão indicar os três vereadores que irão compor a CP, que terá um presidente, um relator e um membro. A comissão, caso instalada, terá 60 dias de prazo para juntar documentos e fazer as oitivas necessárias para elaborar o relatório final, que precisará ser votado pelos vereadores. Por regimento, o prazo da comissão pode ser estendido em mais 30 dias, caso haja necessidade.
O caso da prisão do vereador continua repercutindo no meio político, embora não se tenha muitos detalhes, por conta de o caso estar sob segredo de justiça. Nesta quarta-feira, o vice-prefeito de Arapongas e presidente do diretório municipal do DEM, Jair Milani, afirmou que “ainda é muito cedo” para qualquer especulação sobre a permanência futura do vereador no partido. “Precisamos, antes de qualquer coisa, esperar a apuração dos fatos. Depois iremos consultar o diretório estadual do partido para uma eventual tomada de posição. Como disse, tudo ainda é muito recente e precisamos aguardar”.
O advogado Carlos Eduardo Silva, constituído para a defesa do vereador Pastor do Mercado, disse ontem que, por uma questão ética com seu cliente, não poderia fazer qualquer comentário sobre o caso, que está protegido por segredo de justiça.
No entanto, mesmo sem estipular um prazo, o advogado informou que pretende entrar com um pedido de habeas corpus para a soltura do vereador, que permanece preso preventivamente, por determinação da justiça. “O que posso assegurar é que ele vai se defender nos autos e demonstrar sua inocência. Vão ver que não é nada disso que estão dizendo por aí”, ponderou.
O advogado Carlos Eduardo Silva informou que o vereador ainda não foi ouvido pela delegada responsável pelo caso. Perguntado sobre a relação do vereador preso com as três vítimas citadas na acusação contra ele, o advogado limitou-se apenas a dizer que Paulo Cesar não tem parentesco com nenhuma delas.