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Candidatos de Apucarana e Arapongas gastam R$ 387 mil na campanha

Edison Costa

| Edição de 21 de outubro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já disponibilizou em seu site oficial um relatório das receitas e despesas declaradas pelos candidatos do Paraná que disputaram as eleições do dia 7 de outubro para a Assembleia Legislativa e à Câmara Federal, assim como também para o governo do Estado e para o Senado. 
O relatório ainda é parcial, uma vez que os concorrentes têm até o dia 6 de novembro para o fechamento definitivo das contas pendentes.
Levantamento feito pela Tribuna revela que os candidatos a deputado de Apucarana e Arapongas, tanto para estadual como para federal, somaram juntos um total de gastos no valor de R$ 387.551 na campanha eleitoral deste ano. Já a arrecadação total de recursos foi de R$ 727.007.
Em Apucarana, os treze candidatos a deputado estadual tiveram juntos um volume de recursos disponível para a campanha da ordem de R$ 456,9 mil e tiveram despesas no valor de R$ 262,8 mil. 
Quem mais conseguiu recursos para a campanha eleitoral foi o candidato Delegado Jacovós (PR), que declarou R$ 192,5 mil, a maioria proveniente de fundo partidário e de recursos próprios, além de doações de pessoas físicas. Ele registrou junto à Justiça Eleitoral uma despesa contratada de R$ 106,3 mil. Jacovós foi eleito deputado estadual com 61.310 votos. 
O candidato Rodrigo Ducatti (PP) declarou uma receita de R$ 101,7 mil e um gasto da ordem de R$ 101,6 mil. Ducatti obteve 3.734 votos, não conseguindo sua eleição à Assembleia Legislativa. 
Arilson Chiorato (PT) apresentou um volume de receita de aproximadamente R$ 98 mil, obtida com recursos do fundo partidário e doações de pessoas físicas. E teve um gasto de R$ 27,4 mil, sendo eleito deputado estadual com 36.494 votos.
Sérgio do Cristma (PV) apresentou uma receita de R$ 26,4 mil e uma despesa de apenas R$ 500. Ele fez 13.445 votos, ficando na suplência de sua coligação.
O limite de gastos dos candidatos a deputado estadual no Paraná era de R$ 1 milhão.
Para a Câmara Federal, a candidata Renata Borges Branco (PSB) declarou uma receita no valor de R$ 50 mil proveniente do fundo partidário. E registrou uma despesa de R$ 11,4 mil. Ela conseguiu 2.577 votos. Jackeline Aristides (PSOL) declarou R$ 2.714 de receita, porém ainda não informou o montante gasto. Não há informações disponíveis sobre receita e despesas dos candidatos Angélica Primon (Avante) e Sidrin Véio (PRTB).
Candidatos a deputado federal tinham um limite de gastos de até R$ 2,5 milhões, de acordo com a Justiça Eleitoral.
Em Arapongas, dos quatro candidatos a deputado estadual Dr. Calixto (PR) foi quem mais arrecadou e também mais gastou. Ele registrou uma receita de R$ 83,4 mil e um gasto de R$ 50,2 mil. Ele obteve 3.376 votos no pleito do dia 7 de outubro. Pedro Bazana (PV) declarou ter arrecadado R$ 25 mil e gastado R$ 10,9 mil. Bazana obteve 21.145 votos, ficando na suplência de sua coligação. 
Para a Câmara Federal, Agnelson Galassi (PHS) conseguiu arrecadar R$ 60,6 mil e declarou uma despesa de R$ 50,3 mil. Galassi fez 4.050 votos.

Ratinho Jr. investiu R$ 8,3 milhões
Entre os quatro concorrentes ao governo do Paraná mais votados, Ratinho Júnior (PSD) foi o que mais gastou. Ele registrou uma receita de R$ 8,8 milhões e uma despesa contratada de R$ 8,3 milhões. Para a campanha eleitoral, Ratinho Júnior conseguiu R$ 3,4 milhões do fundo partidário e R$ 1,5 milhão do pai Carlos Roberto Massa, enquanto ele próprio colocou R$ 1 milhão em sua campanha. Demais recursos foram provenientes de pessoas físicas. Ratinho Júnior foi eleito governador ainda no primeiro turno, com 3,2 milhões de votos.
A governadora Cida Borghetti (PP), que concorreu à reeleição, registrou uma receita de R$ 7,5 milhões e uma despesa de R$ 6 milhões. Para compor a receita, ela obteve R4,7 milhões do fundo partidário e mais R$ 490 mil do diretório estadual do partido, além de doações de pessoas físicas. Cida Borghetti obteve 831,3 mil votos.
João Arruda (MDB) declarou ter recebido R$ 5,1 milhões, dos quais R$ 3,5 milhões do diretório nacional do partido e R$ 1,4 milhão do diretório estadual. As despesas giraram em torno de R$ 5 milhões. João Arruda obteve 705,9 mil votos.
O candidato do PT, Dr. Rosinha, declarou uma receita de 825 mil e uma despesa de 
R$ 230,1 mil. Na composição da arrecadação ele teve o auxílio de R$ 665 mil do diretório nacional do PT. Dr. Rosinha somou 453,4 mil votos.
O limite de gastos dos candidatos ao governo do Paraná, fixado pela Justiça Eleitoral, era de R$ 9,1 milhões. (E,C)

Professor Oriovisto é o que mais investiu na campanha ao Senado
Dos candidatos do Paraná ao Senado Federal, o Professor Oriovisto Guimarães (Podemos) foi o que mais investiu dinheiro na campanha. Ele declarou uma receita no valor de R$ 3,4 milhões, dos quais R$ 3,3 milhões do seu próprio bolso. Ele diz ter contratado uma despesa de R$ 1,3 milhão. Oriovisto foi eleito senador com a soma de 2,9 milhões de votos.
O segundo senador eleito Flávio Arns (Rede) declarou ter conseguido R$ 317,9 mil para a campanha eleitoral, dos quais R$ 140 mil da direção nacional do partido. Ele diz ter gasto R$ 236,2 mil, tendo sido eleito com 2,3 milhões de votos.
Roberto Requião (MDB), que buscava a reeleição e ficou na terceira colocação, declarou uma receita de R$ 2 milhões (todo dinheiro proveniente dos diretórios nacional e estadual do MDB) e um gasto de R$ 418,6 mil. Requião obteve 1,5 milhão de votos.
O quarto colocado Alex Canziani (PTB) teve uma receita de R$ 1,4 milhão, sendo R$ 1,2 milhão da direção nacional do partido. Sua despesa, conforme declarado, ficou em torno de R$ 555,5 mil. Canziani teve 1,3 milhão de votos. 
Os candidatos ao Senado tinham um limite de gastos estabelecidos pela Justiça Eleitoral até o valor de R$ 3,5 milhões. (E.C)