POLÍTICA

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Ex-prefeito critica atual administração em Ivaiporã

Ivan Maldonado

| Edição de 07 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil (PSDB), usou as redes sociais para criticar o atual prefeito Miguel Roberto do Amaral (PSDB), a quem apoiou na eleição de 2016. O motivo é que a Prefeitura apareceu na lista de alerta do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) por excesso de gastos com o pagamento de servidores. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o teto de 54% da receita corrente líquida (RCL) para os gastos com pessoal nos municípios. No Vale do Ivaí, além de Ivaiporã, vários municípios foram alertados.  
No Facebook, Carlos Gil postou que depois de 4 anos sem aparecer na lista de alerta do TCE, a Prefeitura de Ivaiporã voltou a ser cobrada por excesso de gastos com o funcionalismo. “Como chegou a esta situação em tão poucos meses, eu explico: aumento de quase 100% dos cargos de livre nomeação do prefeito (Cargos de Confiança), excesso de gratificações e  aumento de cargos concursados sem o devido aumento de serviços oferecidos à população”, diz a postagem que finaliza: “Tenho alertado, mas o atual prefeito prefere não ouvir. Não tenho compromisso com quem quer ir pelo lado errado”, diz. 
Miguel Amaral, por sua vez, diz que aceita a crítica de Carlos Gil, porém não concorda. Ele assinala que o alerta não significa nenhuma penalização à atual administração junto ao Tribunal de Contas (TCE/PR). “Inclusive, nós estamos na terceira faixa de 90%. Nós teríamos que avançar dois sinais ou mais de 100% para ter alguma punição”, argumenta. 
Miguel Amaral relata que o índice de gastos com o funcionalismo aumentou em razão da queda nas receitas, que caem todos os anos a partir do mês de setembro. “Não foi à toa que 261 dos 399 municípios do Paraná, um total de 65%, receberam o alerta. Naturalmente, aumentando as receitas, voltam índices normais, o que  deve ocorrer a partir do próximo ano”, enfatiza. 
Amaral comenta ainda que a atual administração contratou 36 servidores. “Enquanto o Gil esteve prefeito, ele trabalhou para que o município se desenvolvesse. Aumentou impostos, melhorou a arrecadação, mas em contrapartida teve que contratar 260 pessoas. Foi imprudência dele? Não, eram as necessidades que se apresentavam naquele momento. Os que contratamos este ano são os que vamos ter praticamente até o final do mandato”.