POLÍTICA

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Ibope: Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad, 41%

Agências

| Edição de 16 de outubro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A menos de duas semanas para o segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem 59% das intenções de voto, contra 41% do petista Fernando Haddad, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta segunda-feira.
O cálculo considera apenas os votos válidos, ou seja, exclui os nulos, brancos e indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Levando em conta o eleitorado total, Bolsonaro lidera por 52% a 37%. Há ainda 9% dispostos a anular ou votar em branco, e 2% que não souberam responder.
Este levantamento é o primeiro realizado pelo Instituto Ibope neste segundo turno.
Bolsonaro abriu 18 pontos percentuais de vantagem nos votos válidos desde o primeiro turno, realizado no dia 7, quando ficou à frente do principal adversário por 46% a 29%. 
Além de perguntar aos entrevistados quem é seu candidato preferido, o Ibope procurou medir o potencial de voto de cada um dos concorrentes. Após citar o nome de cada um dos candidatos, os entrevistadores perguntaram aos eleitores se votariam em cada um com certeza, se poderiam votar ou se não votariam de jeito nenhum.
Bolsonaro é o que tem mais simpatizantes convictos: 41% votariam nele com certeza, e 35% não votariam de jeito nenhum. Haddad é o que tem a maior rejeição: 47% não o escolheriam em nenhuma hipótese, e 28% manifestam certeza na escolha.
O Ibope ouviu 2.506 eleitores nos dias 13 e 14 de outubro, em 176 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo Nº BR-01112/2018. Os contratantes foram o jornal O Estado de S. Paulo e a TV Globo.
MERCADO
O mercado financeiro adotou postura otimista nesta segunda-feira de espera por nova pesquisa eleitoral. A Bolsa brasileira avançou, enquanto o dólar caiu mais de 1%, também apoiados pelo mercado externo.
“Abrimos a semana com expectativas otimistas para os ativos nacionais, tendo como pano de fundo a continuidade da leitura de que Fernando Haddad (PT) dificilmente conseguirá ‘virar o jogo’ contra Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial”, escreveu a H.Commcor em relatório.
A Bolsa brasileira fechou o dia em alta de 0,52%, a 83.359 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20 bilhões, em pregão marcado pelo vencimento de contratos de opção.

TSE decide reforçar ações de combate às fake news neste 2º turno
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu reforçar no segundo turno as ações de enfrentamento às fake news, notícias falsas disseminadas pela internet, e passará a ter três servidores da área técnica dentro do centro integrado que monitora a segurança das eleições, localizado em Brasília.
O objetivo é que os técnicos do TSE no CICCN (Centro Integrado de Comando e Controle Nacional) ajudem a Polícia Federal a identificar com maior rapidez informações falsas e permitam que o tribunal as desminta publicamente com celeridade.
O foco será nas fake news que têm potencial de abalar o pleito institucionalmente, como as que falam de fraudes nas urnas eletrônicas.
A eventual remoção das fake news da internet continuará dependendo de processos judiciais que precisam seguir seus trâmites -e, por isso, podem levar dias-, mas a expectativa é de encurtar o caminho.
Nesta terça, às 15h, representantes do TSE, do Ministério Público Eleitoral e de outros órgãos que compõem o conselho consultivo sobre fake news participarão de uma videoconferência com executivos do WhatsApp que estão nos Estados Unidos. O aplicativo de mensagens instantâneas foi identificado pelo conselho, no primeiro turno, como um dos principais meios de transmissão de fake news, mas o TSE tem afirmado que há dificuldades para tomar providências por causa de limitações técnicas.