POLÍTICA

min de leitura - #

Justiça determina bloqueio de bens da família Richa

Editoria de Política

| Edição de 10 de março de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, determinou o bloqueio de até R$ 166 milhões do ex-governador Beto Richa (PSDB), da ex-primeira-dama Fernanda Richa, de André Richa, filho do casal, e de duas empresas da família, a BFMAR Participações S/A e Ocaporã Administradora de Bens Ltda. O contador da família Richa, Dirceu Pupo Ferreira, que está preso, deve ter até R$ 4,5 milhões bloqueados.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça determina bloqueio de bens da família Richa


Assinado no dia 28 de fevereiro, a despacho é referente à Operação Integração, desdobramento da Lava Jato, que investiga propina paga por concessionárias de pedágio. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que pediu o bloqueio de bens, Dirceu Pupo utilizou dinheiro de propina, pago pelas concessionárias de pedágio a Beto Richa, em transações de imóveis, atividade central das empresas da família Richa. O MPF calcula 
R$ 2,7 milhões de propina.
Em fevereiro, o juiz acatou a denúncia contra o ex-governador e outros nove agentes públicos por empresas de pedágio no Paraná, além de denúncia por lavagem de dinheiro contra Fernanda.
Segundo o MPF, o esquema desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração, e de obras rodoviárias não executadas. A propina paga em troca dos benefícios, conforme os procuradores, foi estimada em pelo menos R$ 35 milhões.
Beto Richa chegou a ser preso no dia 25 de janeiro, na 58ª fase da Operação Lava Jato. A defesa diz que o ex-governador não cometeu irregularidades e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos.