POLÍTICA

min de leitura - #

Justiça Eleitoral descarta fraude no pleito do primeiro turno

Edison Costa

| Edição de 14 de outubro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A juíza da 28ª Zona Eleitoral da Comarca de Apucarana, Carolline de Castro Carrijo, fez nesta semana uma análise das eleições realizadas em primeiro turno no último domingo. Ela descarta a possibilidade de ter havido alguma fraude nas urnas eletrônicas, conforme desconfiam alguns eleitores.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça Eleitoral descarta fraude no pleito do primeiro turno


Muitas pessoas, não só em Apucarana como em outras cidades do Paraná e do Brasil alegaram que a foto do seu candidato não apareceu na urna eletrônica quando da digitação da tecla de votação. Outros reclamaram que o sistema finalizou a votação antes do aperto da tecla confirma.
Em Apucarana, também houve muitas reclamações quanto à demora do sistema biométrico para fazer a leitura digital do eleitor que, em muitos casos, teve que fazer várias tentativas. Além disso, houve demora no momento da votação e longas filas se formaram nos colégios eleitorais.
Segundo a juíza Carolline Carrijo, não há possibilidade de ter ocorrido qualquer fraude nas urnas eletrônicas. Esta garantia, conforme ela, foi dada pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando que em 22 anos de funcionamento do sistema isso jamais ocorreu.
Conforme a juíza, o que ocorre é que o Departamento de Segurança do TSE fez neste ano uma nova configuração do sistema eletrônico, deixando-o mais protegido ainda. Com isso, na hora de a mesa de recepção captar as digitais do eleitor, em muitos casos isso não foi possível num primeiro momento, sendo necessário fazer até quatro tentativas. No entanto, conforme ela, isto já estava previsto pelo sistema. 
Quanto ao não aparecimento da foto do candidato na urna, a juíza considera que muitas vezes a carga da urna demora um pouco e o eleitor não tem paciência para esperar a imagem. “Foi isso que tem ocorrido, mas não fraude”, afirma.
Ana Carolline informa que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) fará auditoria em algumas urnas de uma zona eleitoral de Curitiba. Isso porque foi impetrada uma ação de impugnação da votação nessas urnas por parte do PSL, partido do candidato a governador Ogier Buchi. A reclamação é a de que poderia ter havia fraude. Para atender a esta ação foi formada uma comissão composta por peritos da Justiça Eleitoral, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Seção do Paraná), da Polícia Federal e de partidos políticos. A auditoria será feita apenas nessas urnas onde houve pedido de impugnação e em algumas outras apenas para amostragem.

DEMORA
A juíza Carolline de Castro Carrijo explica que a demora do eleitor na cabine de votação e as longas filas que se formaram nas seções eleitorais têm suas justificativas. No entanto, são problemas que deverão ser sanados no segundo turno. 
A juíza observa que neste primeiro turno o eleitor teve que votar em seis cargos: para deputado federal, deputado estadual, dois senadores, governador e presidente da República. “Quem não levou uma ‘colinha” para votar teve dificuldades em colocar os números de seus candidatos”, avalia. Além disso, como havia duas vagas para o Senado, muitos eleitores não tinham conhecimento e não souberam como votar em dois candidatos.

Rezoneamento causou grandes filas 
Quanto às longas filas, a juíza Carolline de Castro assinala que, em função do rezoneamento feito pela Justiça Eleitoral, com a extinção da 175ª Zona Eleitoral de Apucarana, esses eleitores foram removidos para a 28ª Zona Eleitoral e distribuídos nas mais diversas seções. As seções que eram da 175ª também tiveram nova numeração, o que deixou o eleitor um pouco confuso, sem saber de momento onde estava a sua seção. Na sua avaliação, tudo isso provocou longas filas, apesar de o Cartório Eleitoral ter orientado o eleitor sobre a mudança de seções.
 A juíza Carolline de Castro acredita que no segundo turno, marcado para o próximo dia 28, esses problemas não devam ocorrer. Primeiro porque será apenas um cargo em disputa, o de presidente da República, só com dois candidatos. Segundo porque agora os eleitores já sabem a nova numeração e o local de sua sessão. “Eu acredito que a votação em segundo turno será mais rápida e mais tranquila”, avalia a juíza. (E.C)