POLÍTICA

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Justiça Eleitoral incentiva jovens a participar do processo político

Edison Costa

| Edição de 14 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) promoveu ontem, em Apucarana, a primeira reunião do processo de implantação do Parlamento Jovem na Câmara Municipal de Vereadores. O encontro, realizado na sede do Fórum Eleitoral, teve a presença do diretor executivo da Escola Judiciária Eleitoral do órgão, juiz Antônio Franco Ferreira da Costa, do também juiz membro da Corte, Jean Leek, da juíza eleitoral da Comarca de Apucarana, Carolline de Castro Carrijo, da vereadora autora do projeto de lei, Márcia Regina da Silva de Sousa (PSD), da chefe do Cartório Eleitoral, Andrea Silva Milanin, demais servidores do cartório e representantes dos colégios que participarão desta primeira etapa do projeto.

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O juiz Antônio Franco Ferreira da Costa fez uma explanação dos projetos de cidadania que vêm sendo desenvolvidos pela Justiça Eleitoral no Paraná, com vistas a estimular os jovens à discussão do processo político-eleitoral do País, do Estado e do Município, bem como prepará-los para assumir esta condição no futuro. Entre os projetos em execução, ele citou o Parlamento Jovem, o Eleitor do Futuro e o Tribunal Eleitoral Jovem. 
Franco explicou que a função da Justiça Eleitoral não é só organizar e realizar eleições, fiscalizar e punir candidatos, mas também contribuir para que o País tenha políticos comprometidos com os interesses da comunidade.
Para o juiz Antônio Franco, os jovens entre 13 e 14 anos são o foco desses projetos, porque eles são multiplicadores de opinião e os futuros eleitores e governantes do País. Segundo ele, é preciso que os jovens tenham conhecimento e participem do processo democrático desde já, porque daqui a três ou quatro anos eles serão os eleitores e também políticos. “É preciso acabar com esta demonização dos nossos políticos e isso começa pela formação política dos nossos jovens”, afirmou, acrescentando que “é muito importante que tenhamos no futuro os melhores eleitores e os melhores governantes”.
Ao ser perguntado sobre o tema, Antônio Franco afirmou não concordar com o projeto Escola Sem Partido que deputados e vereadores querem implantar no Estado e nos municípios, restringindo a discussão político-partidária nas escolas, contrariando desta forma os projetos defendidos pela Justiça Eleitoral. No seu entender, os partidos têm suas ideologias e devem ser discutidos sim pelos jovens nas escolas dentro do processo de formação da sua cidadania.
Para a juíza eleitoral de Apucarana, Carolline de Castro Carrijo, o Parlamento Jovem é muito importante para levar uma consciência política nos jovens, que são os multiplicadores de opinião. Segundo ela, este projeto está começando inicialmente com três estabelecimentos de ensino, porém a proposta é ampliar para outros colégios e comunidades onde estão inseridos esses estudantes.

CANDIDATOS
Nesta primeira fase estão participando do Parlamento Jovem os colégios estaduais Polivalente, do Jardim Paulista, José de Anchieta, do Jardim Trabalhista, e Osmar Guaraci Freire, do Núcleo Adriano Corrêa. Segundo a vereadora Márcia Sousa, esses estabelecimentos já concluíram as fases de formação dos partidos e de escolha dos candidatos que disputarão vagas no Parlamento. A eleição nessas escolas está marcada para a próxima segunda-feira, conforme calendário definido pelo TRE-PR.