O coronel César Vinícius Kogut, novo diretor-geral do Detran Paraná, esteve nesta semana visitando as Ciretrans (Circunscrições Regionais de Trânsito do Paraná) existentes na região. O objetivo das visitas foi conhecer de perto os problemas enfrentados pelos órgãos regionais e suas necessidades para possíveis medidas de solução. Depois de quase 35 anos na Polícia Militar, ter comandado várias unidades da PM no interior e exercido inclusive o comando-geral da PM do Paraná, Coronel Kogut está vivendo agora a experiência de dirigir um órgão estadual ligado ao trânsito. Em entrevista à Tribuna, ele assegura que a prioridade do Detran-Pr é prestar o melhor atendimento possível ao cidadão paranaense, conforme é a orientação do Governo Ratinho Junior nesta e em todas as áreas. Confira:
TRIBUNA DO NORTE – Quando o sr. assumiu a direção do Detran-Pr, em que situação estava o órgão?
CORONEL KOGUT - Na questão do trabalho nós tivemos um diagnóstico muito bem feito pela equipe de transição do governo Ratinho Junior. Através deste diagnóstico já foram estabelecidas as prioridades e estamos executando o cronograma a partir de questões mais sérias que já foram apresentadas pela equipe de transição. Mas o Detran tem um quadro de funcionários competentes, de pessoas muito dedicadas que conhecem o serviço a fundo. E nós estamos tentando facilitar o trabalho de todas aquelas pessoas que atuam no Detran para que possamos colher bons resultados lá na ponta, que é atender melhor o cidadão paranaense, esta é a prioridade.
TN – Quais propostas o sr. tem para melhorar os serviços prestados pelo Detran-Pr aos usuários?
CORONEL KOGUT – O governador Ratinho Junior propõe ações de inovação e nós vamos investir em tecnologia, sem deixar de valorizar os funcionários. Pelo contrário, vamos valorizar até mais que a própria tecnologia. Mas essas ações deverão ser implementadas nos próximos meses, até porque nós ainda estamos nos estruturando e dando uma dinâmica nova à situação do Detran do Paraná.
TN – Quando o sr. esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública de Arapongas, o sr. estava implantando lá um monitoramento eletrônico na cidade denominado Muralha Virtual. O sr. pretende levar esta proposta em nível de Paraná?
CORONEL KOGUT – O Detran tem feito o monitoramento eletrônico dos seus próprios postos de atendimento e também vai atuar em parceria com todos os órgãos de segurança do Estado neste sentido, notadamente a Sesp. Naquilo que compete a um e ou outro, necessariamente tudo passa pela fiscalização dos órgãos de segurança.
TN – O Detran estabeleceu recentemente parcerias com a Polícia Militar, Rodoviária Federal e Polícia Militar no sentido de se fazer um trabalho de educação no trânsito. Como isso vai funcionar?
CORONEL KOGUT – Nós tivemos há poucos dias uma reunião com o superintendente nacional da Polícia Rodoviária Federal, o Furtado. E qual é a questão? Todos os órgãos de segurança do Estado e nacional executam campanhas educativas de segurança no trânsito durante o ano. A ideia é que haja uma coordenação de tudo isso: Polícia Rodoviária Federal e Estadual, Polícia Militar, Polícia Civil, as guardas municipais, os rotarys, enfim, toda esta estrutura e todas aquelas pessoas que se envolvem em educação no trânsito, sejam oficiais ou não. A nossa ideia é organizar isso e estabelecer uma agenda que seja mais positiva para a sociedade paranaense.
TN – É possível aproveitar a sua experiência na área de segurança pública dentro do Detran?
CORONEL KOGUT – Nós aproveitamos sim esta nossa experiência de quase 35 anos junto à Polícia Militar, porque a Polícia Militar já desenvolve muitas atividades de trânsito sobretudo na área de policiamento. E junto com o Detran nós trazemos na bagagem aquilo que aprendemos de administração na Polícia Militar. Quando comandante geral da Polícia Militar, nós tínhamos um efetivo de quase 20 mil policiais na ativa e quase o mesmo número de inativos para administrar. Então é um recurso humano muito grande e a gestão da Polícia Militar não é diferente da do Detran como atividade afim. Mas, enfim, a experiência que temos na Polícia Militar em termos de administração podemos trazer com bons resultados para dentro do Detran.
TN – O que o sr. achou decisão do governador Ratinho Junior de reduzir o valor das taxas de serviço cobradas pelo Detran-Pr?
CORORNEL KOGUT – O governador lançou duas medidas. Uma delas com relação às vistorias. A taxa de vistoria passaria de um momento para outro hoje de em torno de R$ 49 para R$ 120 a moto, R$ 120 os carros e R$ 140 veículos pesados e ônibus. E o Detran passaria a arrecadar em torno de R$ 19, hoje arrecada em torno de R$ 49. Então o Detran teria uma perda de receita de R$ 60 milhões ano, esta é uma estimativa. E o cidadão, só no caso da moto, iria pagar em dobro. Então esta portaria foi revogada por mim diretor do Detran por determinação do governador do Estado a fim de que se avaliasse mais com calma toda esta situação que, em tese traria um prejuízo para o Detran e um gasto maior para a população.
TN – Como está o processo da implantação das novas placas de veículos Mercosul no Paraná?
CORONEL KOGUT – As placas do Mercosul atendem a uma determinação central, o Denatran. O Estado do Paraná já está desde dezembro atuando neste sistema. Existem vários problemas advindos da portaria nacional que regula a situação. Nós temos hoje poucos estampadores credenciados. Quem credencia a pessoa que faz o emplacamento, o chamado estampador, não é o Detran, é o Denatran. Então este processo está se dando assim numa forma não muito acelerada e isso tem causado transtornos notadamente à comunidade. Mas é um processo que deve ser estendido para todo o Brasil pelo prazo de até 30 de junho e eu acredito que esses problemas que nós estamos tentando resolver em todos os estados do Brasil devem observar a mesma questão, que notadamente é colocar a placa em cima do veículo daquela pessoa que está transferindo ou comprando