POLÍTICA

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Militarização de escolas é alvo de campanhas

DA REDAÇÃO

| Edição de 28 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Anunciada anteontem pelo governador Ratinho Junior, a criação de 225 colégios cívico-militares no Paraná está motivando campanhas.  Na região, 10 colégios foram selecionados em 5 cidades, mas só se tornarão cívico-militares após aprovação da comunidade escolar através de votação. Em Arapongas, as campanhas estão à todo vapor, principalmente através da internet. No entanto, até carros de som estão sendo utilizados.

Foram três colégios selecionados para se tornarem cívico-militares em Arapongas: Walfredo Silveira Correia, Francisco Ferreira Bastos e Marquês de Caravelas. Moradores dos bairros ao redor dos colégios já observaram a movimentação de um carro de som fazendo campanha contra a militarização das unidades educacionais.
Na internet, mensagens distribuídas através do WhatsApp pedem tanto votos contra quanto à favor da medida, com foco principalmente nos pais e responsáveis por alunos matriculados nestas escolas. 
A situação tem incomodado alguns pais. “Estamos sendo bombardeados por mensagens, isso tem incomodado bastante. O tempo todo tem alguém querendo induzir o nosso voto. Nem parece que querem o melhor para as crianças”, afirmou o pai de um aluno matriculado no Colégio Estadual Walfredo Silveira Correia, que preferiu não se identificar.
A APP-Sindicato confirmou que tem apoiado cidadãos na realização da campanha contrária à militarização dos colégios. A reportagem não conseguiu confirmar se algum grupo ou organização tem apoiado as manifestações à favor da militarização.
As consultas públicas foram abertas ontem e encerram hoje, com votação das 8 horas às 20 horas. Fazem parte da comunidade escolar e podem votar professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição. Caso o estudante seja maior de idade (18 anos), o próprio participa da consulta. 
É preciso levar um documento pessoal para votar e pais ou responsáveis votam de acordo com o número de matriculados sob sua tutela na escola, ou seja, uma mãe com três filhos pode votar até três vezes.