Adotado em alguns estados e em meio a uma polêmica envolvendo posição do Governo Federal, que é contra a medida, a discussão sobre a adoção de um passaporte da vacina, que torna obrigatória apresentação de comprovação da imunização contra a Covid-19 no acesso a serviços públicos ou mesmo eventos, ainda engatinha no Paraná. Pesquisa divulgada nesta semana pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aponta que apenas 17% dos municípios paranaenses já implementaram ou pretendem implementar lei regulamentando a medida. Na região, a maioria dos prefeitos ainda não bateu martelo a respeito da adesão.
A pesquisa do TCE mostra que 72,4% dos municípios ainda não adotaram um posicionamento sobre o tema. Os números foram obtidos pelo TCE-PR ao questionar as 399 prefeituras sob sua jurisdição a respeito do assunto.
Para o coordenador-geral de Fiscalização do TCE-PR, Cláudio Henrique de Castro, os dados refletem o atual momento de relativo controle da pandemia no Brasil, com a diminuição contínua da quantidade de casos e mortes e o alto índice de imunização da população. “No entanto, o futuro ainda é incerto quanto à necessidade da adoção do chamado “passaporte da vacina”, tendo em vista o recente aumento de contaminações em países europeus que contam com taxas expressivas de rejeição aos imunizantes utilizados contra a Covid-19”, afirmou.
Na região, a maioria dos municípios afirma que vai avaliar o caso “passaporte da vacina”. “Ainda não tenho uma opinião formada sobre esse assunto e vamos decidir se vamos seguir ou não o ‘passaporte da vacina’ após reuniões com o secretariado”, afirma o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre (PSC).
O prefeito de Jandaia do Sul, Lauro Junior (PSL), também afirma estar avaliando a medida. “Vejo como algo positivo o passaporte, mas neste momento ainda não definimos nada”, afirma.
Em Apucarana, o prefeito Junior da Femac (PSD) afirma que o município vai seguir, como tem feito ao longo da pandemia, os protocolos estaduais. “Assim faremos com relação à adoção do passaporte da vacina. Acompanharemos as orientações do governo do Estado e a Secretaria de Saúde do Paraná”, comenta.
Para o prefeito de Faxinal, Ylson Cantagallo (PSD), o Gallo, que também é presidente da Associação de Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), a situação atual da epidemia não exigiria a adoção da medida. “Devido ao quadro que vivemos hoje, acho que é preciso manter cuidados para não voltar a pandemia da Covid-19. Mas particularmente acredito que não tem necessidade de pedir o cartão de vacinação aos moradores”, comenta. (COM ASSESSORIA)