POLÍTICA

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Para procurador, Congresso age em favor da corrupção

Folhapress

| Edição de 28 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O procurador do Ministério Público Federal e coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, disse na manhã de ontem que “um grande número de parlamentares” atua contra o aprimoramento das instituições e afirmou que a composição atual do Congresso Nacional não tem o perfil para aprovar reformas contra a corrupção.

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“Tanto evitar retrocessos e ataques à Lava Jato como avançar, reformas dependem essencialmente do Congresso. E percebemos, quando o Congresso, há um ano, destruiu, desfigurou, as dez medidas contra a corrupção e substituiu por medidas a favor da corrupção, que esse Congresso não tem um perfil para aprovar reformas anticorrupção”.
O procurador voltou a afirmar que as eleições de 2018 serão a “batalha final contra a corrupção”, ao defender a eleição de políticos comprometidos com a democracia e com a luta contra a corrupção, em vez de pessoas contra as quais “pesam fortes evidências de corrupção”.
“A alternativa é se a maioria desse Congresso não aprovar reformas anticorrupção, então vamos colocar lá pessoas que aprovem. Nisso, 2018 representa um marco”, disse, ponderando que há parlamentares comprometidos com o combate à corrupção.
“Existem, sim, alguns parlamentares bons, honestos, e comprometidos com a luta contra a corrupção, mas temos visto a evidência de um grande número de parlamentares que trabalham em um sentido oposto ao aprimoramento das instituições, ao fortalecimento da transparência, da integridade, à melhora de regras de licitação e à melhora de regras para o funcionamento efetivo do sistema de justiça criminal”.
O procurador usou como exemplo a discussão da reforma política e criticou o encaminhamento do debate no Congresso Nacional, que, na visão dele, preocupou-se apenas com as formas de arrecadar dinheiro para a campanha  eleitoral.