Mulher, entre 35 e 39 anos, casada e com Ensino Médio completo. Este é o perfil mais comum entre os 91.751 eleitores registrados em Apucarana para as eleições deste ano no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o TSE, 53,7% do eleitorado apucaranense é mulher. Entre elas, a faixa etária com maior número de eleitoras é entre 35 e 39 anos, com 4.873 votantes, ou 9,9% do total. Já entre os homens, a faixa etária mais comum, com 4.393 eleitores, ou 10,33% do total, é entre 25 e 29 anos.
Entre todos os eleitores, o TSE aponta que 23.488 (25,6%) informou ter o Ensino Médio completo. Logo em seguida, com 24,72% do total, ou 22.681 eleitores, aparece o Ensino Fundamental incompleto. Os eleitores que disseram ter feito o Ensino Superior completo são 13,44% e incompleto 7,19%. Ainda 3,26%, ou 2.987 eleitores, se declararam analfabetos.
A maior parte dos eleitores é casada, o que representa 43.676 votantes, ou 47,6%. Na sequência vêm o grupo dos solteiros, com 36.576, ou 39,9%. Divorciados são pouco mais de 5,8%. O restante é formado por viúvos (4,88%) e separados judicialmente (1,79%).
Os números do TSE podem ter relação direta com o contexto social do município, o que pode ser decisivo para o resultado final da eleição. É o que considera o doutor em Sociologia Antônio Marcos Dorigão. “Se eu fosse candidato, olharia com cuidado para estes dados. Um dado interessante é que, somando Ensino Médio Completo, Superior Incompleto e Superior Completo, são 46% dos eleitores apucaranenses. No Brasil isto, esta mesma parcela da população dá 40%. De maneira geral, isto gera um impacto no perfil do eleitor. Por exemplo: mulheres com escolaridade mais alta tendem a ter um perfil mais progressista. Já o público entre 35 e 50 anos, principalmente os homens, tende a ser mais conservador. Pode não ser uma regra, mas é uma tendência”, pondera.
“Eleitores mais idosos tendem a se preocupar com saúde, atividades de lazer, aposentadoria. Muitas mulheres jovens e adultas significa preocupação com creches, escolas, segurança e atendimento de pediatria. A quantidade de casados é um dado interessante também: são pessoas que provavelmente se preocupam mais com moradia, educação, saúde e segurança. Tudo isso são suposições, mas podem servir de ponto de partida para os candidatos realizarem enquetes para entender melhor o eleitorado”, ressalta ele.