O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir), que compreende 18 municípios da região polarizada por Apucarana, tem registrado nos últimos anos um aumento de serviços prestados e de pessoas atendidas com consultas, exames e outros procedimentos especializados. O consórcio se mantém com os recursos recolhidos pelas prefeituras de acordo com o montante dos serviços de saúde prestados à sua população durante o mês.
Segundo o presidente do Cisvir, prefeito Aquiles Takeda (PV), de Marilândia do Sul, os atendimentos têm crescido bastante nos últimos seis anos, ou seja, desde 2013 na gestão do prefeito de Apucarana, Beto Preto (PSD), até 2017, conforme relatórios finalizados. No entanto, o consórcio tem conseguido bancar a demanda com os pagamentos feitos pelas prefeituras.
Takeda, que assumiu a direção do Cisvir no começo do ano passado, assinala que isso tem sido possível porque os municípios têm pago em dia pelos serviços oferecidos pela unidade. “Hoje não temos inadimplência por parte das prefeituras e isso garante o bom funcionamento do Cisvir”, afirma Taqueda, destacando a cooperação dada por todos os prefeitos que integram o grupo. “Posso dizer que o consórcio tem hoje uma boa saúde financeira e presta um atendimento de qualidade”, observa. Com isso, o consórcio também consegue pagar em dia os seus colaboradores e fornecedores.
Em sua sede nova localizada na região do Jardim Apucarana e Jardim América, em Apucarana, o Cisvir atende a uma média de 850 pessoas por dia somente em sua unidade. Mas também oferece atendimentos extras em hospitais e clínicas .
As especialidades oferecidas são nas áreas de anestesiologia, cardiologia, clínica geral, clínica infantil, cirurgia plástica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia e obstetrícia, mastologia, nefrologia, neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pneumologia, psiquiatria, reumatologia, urologia, nutricionista, fonoaudiologia, cirurgia vascular, pediatria e ortodontia.
ATENDIMENTOS
O número de consultas cresceu de 65,7 mil em 2013 para 102,1 mil em 2017. Os exames e cirurgias saltaram de 148,7 mil em 2013 para 293,1 mil em 2017.
De 2013 para cá já foram realizados 12.139 implantes dentários e 19.458 próteses sobre implante, com 3.468 pessoas atendidas. Além disso, a unidade vem atendendo mensalmente a 238 pessoas com manutenção da ortodontia realizada.
O consórcio tem neste ano um orçamento estimado em
R$ 23 milhões. Conforme Takeda, este orçamento é variável, ou seja, ele é feito apenas com base nas estimativas de gastos para o decorrer do ano que cada município prevê e manda para o consórcio.
“Mais de 60% dos serviços prestados pelo Cisvir são custeados pelas prefeituras. É por isso que sempre estamos buscando auxílio financeiro dos governos estadual e federal”, comenta.
O Cisvir foi contemplado neste ano com uma emenda parlamentar do deputado federal Alex Canziani (PTB) no valor de R$ 1 milhão para compra de equipamentos. O processo está em fase de licitação.
Também foi beneficiado com um recurso no valor de R$ 885 mil disponibilizado pelo então ministro da Saúde, Ricardo Barros, que deixou o cargo para disputar a Câmara Federal. Prefeitos ainda estão estudando onde será aplicado este dinheiro. Também está em estudos a ampliação do prédio para melhor atendimento aos pacientes e acomodação do quadro de pessoal.
EQUIPE
O consórcio mantém uma equipe de 93 médicos credenciados e outros 52 profissionais da área de saúde e administrativa. O Cisvir tem como diretora administrativa Joana D’Arc Previatti e no controle interno Letícia Bento.
Demais membros da diretoria executiva do Cisvir são os prefeitos de Cambira, Emerson Toledo Pires (PROS), vice-presidente; de Novo Itacolomi, Moacir Andreola (PSD), secretário; e de Arapongas, Sérgio Onofre da Silva (PSC ), tesoureiro.
Consórcio atende às exigências estabelecidas pelo programa COMSUS
A partir de abril do ano passado, o Cisvir incrementou os atendimentos aos pacientes através do programa COMSUS – Programa Estadual de Apoio aos Consórcios, desenvolvido pelo governo do Estado. De acordo com Takeda, o Estado repassa por mês R$ 113 mil, porém desde que cumpra as metas de atendimentos estabelecidas pelo programa. Se não cumprir, o volume de recursos é menor. O Cisvir tem uma cota fixa de 40% do volume de recursos oferecidos. Outros 60% são repassados de acordo com o número de atendimentos.
Para ser beneficiado pelo COMSUS, o Cisvir teve que atender a algumas exigências do programa. Uma delas foi a instalação de um ambulatório multidisciplinar de saúde mental, saúde do idoso, saúde do hipertenso e do diabético, de gestante e de crianças de alto risco. O ambulatório possui uma equipe de psiquiatra, cardiologista, pediatra, obstetra, assistente social, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeiros e fonoaudiólogo.
Outra exigência do COMSUS é que a equipe se desloque aos municípios consorciados para estabelecimento de vínculo e capacitação da atenção primária, procedimento que o Cisvir tem feito com frequência.
Takeda assegura que o Cisvir tem se empenhado para atender a todas as exigências do COMSUS. “Em dezembro do ano passado conseguimos atingir todas as metas e recebemos 100% dos recursos pela primeira vez”, informa.
O prefeito informa ainda que a unidade está procurando prestar um atendimento cada vez mais humanizado aos pacientes, desde a recepção e em todos os setores. (E.C.)