POLÍTICA

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Senado aprova Alexandre de Moraes para ministro do STF

Folhapress

| Edição de 23 de fevereiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes, 49, teve seu nome aprovado ontem para ocupar a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no início deste ano.
Em votação secreta, os senadores aprovaram Moraes em plenário por 55 votos a favor e 13 contra, sem abstenções. Eram necessários ao menos 41 votos.
A data da posse de Alexandre de Moraes será definida pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
Filiado ao PSDB até o momento em que foi indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga, Moraes foi secretário da Segurança Pública de São Paulo.
Viu seu nome envolvido em uma série de polêmicas, mas foi aprovado por 19 votos a 7 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), após 11 horas e meia de uma repetitiva sabatina na terça-feira.
Ao longo da terça, Moraes revelou mais de seu lado político que de seu conhecimento jurídico ao ser sabatinado para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Foi interrogado por 32 senadores e deixou o Senado ignorando perguntas dos jornalistas.
Aos senadores, disse que agirá “absolutamente capaz de atuar com absoluta imparcialidade e neutralidade” em relação às investigações da Lava Jato no STF.
Moraes será revisor na Corte dos processos relacionados à Operação Lava Jato, que tem como alvos alguns dos senadores que o aprovaram ontem, caciques do partido ao qual era filiado e integrantes do governo do qual fez parte até indicação.
Para a oposição, Temer indicou Moraes ao STF para blindar o governo da investigação.
Ele negou reiteradas vezes que suas relações anteriores influenciarão seu comportamento como ministro da Suprema Corte. Moraes negou que haja um “desmonte” da operação, que tem como alvo 9 dos 51 senadores que integram a CCJ, e disse que os delegados que deixaram a força-tarefa da operação o fizeram por vontade própria.