POLÍTICA

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Senadores fazem acordo para rejeitar coligações partidárias

DA REDAÇÃO

| Edição de 16 de setembro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um acordo fechado no Senado vai sepultar a proposta aprovada na Câmara e barrar o retorno das coligações proporcionais. O primeiro movimento nessa direção ocorreu nesta quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, com a leitura de um parecer contrário à volta, da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O retorno é parte do pacote de reforma eleitoral capitaneado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). A senadora defendeu “enterrar de uma vez” essas alianças.

A possibilidade dessas alianças vigorou até 2018. Até então, os partidos podiam unir suas chapas de candidatos a vereador, deputado estadual e federal. As legendas que se coligavam somavam votos para a disputa das cadeiras nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. Com isso, partidos menores ou até nanicos - que, sozinhos, tinham dificuldades para atingir o mínimo de votação - podiam eleger candidatos bem votados, com votos de outras legendas. O resultado, dizem especialistas, é fragmentação partidária, bancadas pequenas e legendas de aluguel.
Em 2020, nas eleições municipais, o fim das coligações vigorou pela primeira vez. Mas houve muitas reclamações. Um dos efeitos da nova norma foi o lançamento de muitos candidatos ao Executivo, no caso às prefeituras. O objetivo seria “puxar” votos para candidatos ao Legislativo.