POLÍTICA

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STF afasta ministro do Trabalho por suspeita de fraude

Folhapress

| Edição de 06 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do ministro do Trabalho, Helton Yomura, do cargo. A medida faz parte da terceira fase da Operação Registro Espúrio, desencadeada ontem. 

A apuração mira esquema de fraudes e corrupção no Ministério do Trabalho. O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) também foi alvo da operação. 
A Polícia Federal sustenta que o ministro do Trabalho foi alçado ao cargo para perpetuar o suposto esquema criminoso liderado por seus padrinhos políticos, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e a filha dele, deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Os investigadores listam uma série de mensagens trocadas pelo ministro com Cristiane, nas quais é ela quem determina quem deve ser nomeado ou exonerado de cargos na pasta.
Numa delas, de 28 de maio deste ano, a congressista, segundo a PF, ordena a Yomura que "não nomeie ninguém sem passar antes pelo crivo dela".
Cristiane foi indicada pelo PTB para assumir a chefia do Trabalho, mas sua posse foi barrada pela Justiça depois de revelado que ela tinha condenações por desrespeito à legislação trabalhista. Com isso, ela própria e o pai trabalharam para que Yomura assumisse a função.
Os três são alvos da operação e desmentem envolvimento em ilícitos. Afastado do cargo, o ministro do Trabalho se negou a fornecer à Polícia Federal a senha de acesso a um telefone celular apreendido pelos investigadores.  
Após a operação, o PTB colocou o Ministério do Trabalho à disposição do presidente Michel Temer, informou em nota o presidente da legenda, Roberto Jefferson.  

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