POLÍTICA

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TJ adia decisão sobre número de vereadores na Câmara de Apucarana

Edison Costa

| Edição de 22 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) suspendeu ontem à tarde julgamento do recurso impetrado pela Câmara de Apucarana contra decisão de primeira instância que manteve em 11 o número de vereadores no Legislativo. Não há nova data definida para outro julgamento.
Logo no início da sessão, o relator do processo, desembargador Nilson Mizuta, deu seu voto pelo indeferimento do recurso, que teve parecer favorável ao seu provimento por parte da Procuradoria do Tribunal de Justiça. Na sequência, o desembargador Carlos Mansur Arida pediu vistas ao processo, justificando que as alegações da defesa são muito complexas e exigem um estudo mais aprofundado. Com isso, o julgamento foi adiado.

Imagem ilustrativa da imagem TJ adia decisão sobre número de vereadores na Câmara de Apucarana


Fazem parte da 5ª Turma Cível os desembargadores Nilson Mizuta, Carlos Mansur Arida, Leonel Cunha, Adalberto Xisto Pereira e Luiz Mateus de Lima, presidente do órgão julgador. Desses, apenas três dão voto sobre o recurso.
O procurador jurídico da Câmara de Apucarana, advogado Petrônio Cardoso, que acompanhou o julgamento e fez a defesa oral durante a sessão, explica que, com o adiamento do julgamento, o recurso do Legislativo continua de pé, apesar de o primeiro voto ter sido contrário. Segundo ele, após análise mais detalhada do desembargador Carlos Mansur Arida e dependendo do seu voto, é possível que até o relator modifique sua posição. “O julgamento foi apenas adiado, não há nada definido ainda”, ponderou Petrônio Cardoso.
O recurso do departamento jurídico da Câmara pede que sejam mantidas as votações de 2013 e 2014 do plenário, que primeiramente aprovou a elevação de 11 para 19 cadeiras na Casa e depois de 11 para 15. No entanto, o Ministério Público entrou com ação anulatória das duas votações, alegando irregularidades na sua condução, o que foi acatado pelo juiz Rogério Tragibo de Campos, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana.
No recurso, a Câmara nega irregularidades. A expectativa do jurídico, no entanto, é que o Legislativo venha a ter pelo menos 15 vereadores neste mandato.