Arapongas, a cidade dos passarinhos, recebeu este título por ser a única cidade do Brasil a receber nomes de pássaros em todas as ruas da cidade. De lá para cá, mais de 1,5 mil espécies já foram homenageadas. Uma lei criada em 1964 deu início a esta tradição que perdura até hoje e não tem previsão de terminar tão cedo.
Adriana Gomes Batista é assistente administrativa na prefeitura de Arapongas e responsável por guardar a tradição e indicar os nomes das aves que podem ser utilizados quando novas ruas são abertas na cidade. Ela garante que ainda restam mais de 8 mil nomes inéditos passíveis de utilização, o que garante o diferencial da cidade por muitos anos.
“Pode acontecer de acabar, mas isso para um futuro um pouco mais distante, estão garantidos os próximos anos sem problemas, já que as variações ajudam, praticamente todas as aves que temos registros tem variações, e são realmente os nomes dos pássaros, nenhum foi inventado pela prefeitura”, garantiu.
Uma ave bastante popular que não dá nome a nenhuma rua da cidade é o urubu. Adriana explica que por enquanto, o nome ainda é tido como vexatório, mas espera que em breve isso mude.
“Estamos respeitando por enquanto, mas vai chegar um momento em que vamos precisar usar. Nós temos por exemplo, uma das espécies, urubu-rei, eu acho uma ave imponente, bonita, com certeza nos próximos anos ela estará na listagem”, disse.
“Essa peculiaridade é uma das razões que torna Arapongas tão especial. É o que distingue a nossa cidade, a cidade dos pássaros, onde toda a rua tem nomes de aves, para nós é um orgulho”, finalizou. (ALINE ANDRADE)