POLÍTICA

min de leitura - #

Vice de Bolsonaro fala em intervenção militar contra Lula

Agências

| Edição de 11 de agosto de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB), vice de Ja ir Bolsonaro (PSL), disse ontem, em entrevista ao Valor Econômico, que a tentativa do PT de impor a candidatura de Lula justificaria uma ação militar, caso haja uma “revolta popular”.

Imagem ilustrativa da imagem Vice de Bolsonaro fala em intervenção militar contra Lula


“Lula candidato é um coisa que está correndo nas redes sociais. Se Lula pode ser candidato, então Fernandinho Beira-Mar pode, Marcola pode. Ressalvadas as devidas diferenças”, disse.
Para o general, os casos que justificariam uma intervenção militar são os que violariam as leis e cita o exemplo da Lei da Ficha Limpa. “O PT tentando impor de todas as formas a candidatura de Lula, que pode ensejar em razão das leis existentes. Se por acaso uma coisa dessas levar a uma revolta popular, é necessário que haja controle disso aí, senão vamos para a barbárie.”
O militar da reserva disse que a missão das Forças Armadas é “manter um ambiente de estabilidade para que os três Poderes possam cumprir sua tarefa” e que, caso isso for afetado por “distúrbios da rua”, as Forças Armadas devem manter a ordem.
Mourão defendeu que é preciso ter “tolerância zero” na questão da segurança. Segundo ele, as penas no Brasil são muito brandas e os presídios não podem ser “nova escola de bandido”. Questionado sobre a segurança na época da Ditadura Militar, o general disse que “a questão da segurança era muito light”. “Polícia era polícia e bandido era bandido. A coisa era muito bem definida”.
O vice de Bolsonaro também defendeu que militares têm que participar da política, pois possuem conhecimentos específicos que podem ajudar na governabilidade.
Mourão disse ainda que é preciso “desmistificar” a ideia de que o general é autoritário e fechado. “As pessoas temem que a gente ganhe. Devem achar que é o apocalipse”, afirmou.